A poluição marítima assume várias formas, desde descargas de esgotos ilegais, óleos dos navios ou grandes quantidades de resíduos sólidos não degradáveis. No entanto, a que mais tem vindo a ganhar terreno diz respeito aos plásticos e estão no oceano, por exemplo, garrafas, sacos ou tampas, causando a asfixia de várias espécies aquáticas.
Neste dia Nacional do Mar a Quercus alerta para a quantidade exorbitante de plástico existente nos mares, prejudiciais não apenas as espécies animais como também para nós humanos, bem como identificar quais as suas consequências.
É estimado que diariamente 8 milhões de toneladas de lixo tenham como destino final o oceano. A atividade humana é a responsável por este acontecimento, dando conta que 80% da poluição marítima tem origem terrestre, com consequências aterradoras na biodiversidade e no nosso ambiente.
Esta desconcertante acumulação de lixo deu origem à chamada “Grande Ilha de Lixo do Pacífico”. Dentro deste tema é o fenómeno mais extremo, documentado e conhecido. A área dessa ilha atingiu de 3,4 milhões de km2 e várias centenas de metros de profundidade (40% do território do Brasil).
Cerca de 90% das aves têm plástico no organismo, e até 2050, 99% dessas aves terão ingerido plástico. Segundo um estudo efetuado recentemente é estimado que anualmente morrem cerca de 1 milhão e quinhentos mil animais (de aves a peixes, tubarões, tartarugas, golfinhos e baleias), devido à ingestão de plástico.
Estes valores gigantescos não são totalmente visíveis e quantificáveis, pois devem estar sedimentados no fundo oceânico toneladas de resíduos não degradáveis.
Com este nível de poluição nos oceanos estão em risco todas as aves marinhas, a nível global e o Ser Humano, uma vez que se integram no seio da nossa cadeia alimentar e que libertam imensas substâncias tóxicas nas águas que nos banhamos.
Assim, deve ser tomada uma atitude pelas entidades responsáveis para que seja travada uma possível catástrofe ambiental sem retorno, e apelar à comunidade uma redução no consumo do plástico.
