Eleger um político do ano não é tarefa fácil, mas entre o deve e o haver, pelo percurso estável e consistente e porque vai conseguindo novas conquistas, em termos políticos e para o concelho, decidimos, este ano, destacar Pedro Machado, presidente da Câmara de Lousada.
Começando pelos resultados eleitorais, depois de um mandato sem grandes polémicas o autarca do PS foi reeleito presidente da Câmara, para o terceiro e último mandato, reforçando a votação conseguida em 2017. Isso permitiu-lhe eleger mais um vereador, passando a ter cinco elementos no executivo municipal. “Roubou” ainda três freguesias ao PSD/CDS-PP e viu a representação do partido na Assembleia Municipal ser reforçada.
Só por si já seria uma conquista, mas Pedro Machado teve como opositor o adversário mais bem preparado até agora, Simão Ribeiro, visto como “delfim” do PSD, que já ocupou o cargo de deputado à Assembleia da República e presidiu à Juventude Social-Democrata a nível nacional. Mas talvez Pedro Machado soubesse de antemão que isso não bastaria à oposição, já que no debate promovido pelo Verdadeiro Olhar se manteve sempre calmo e sereno, respondendo com educação e elevação às provocações levantadas por todos os outros candidatos, sobretudo mantendo o nível perante os ataques aguerridos de Simão Ribeiro.
Quando tomou posse, o edil socialista disse o que todos os que o conhecem minimamente já sabiam: não está cá para rupturas, mas antes para continuar um trabalho em coerência com o que já vem sendo feito nos anteriores mandatos, mantendo um município de “rigor” e boas contas e prosseguindo com o programa de crescimento e afirmação do concelho.
Talvez por essa postura, Pedro Machado foi eleito presidente da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, numa altura chave no que toca à gestão de fundos comunitários e do Plano de Recuperação e Resiliência.
Voltamos ainda a realçar o trabalho ambiental realizado por esta autarquia, que já promoveu a plantação de mais de 72 mil árvores, por voluntários, nos últimos cinco anos, e que até ganhou mais um prémio de boas práticas ambiental, em 2021, com o projecto Guarda-Rios, entre muitas outras acções.
A fechar o ano (a decisão foi tomada em 2020), conseguiu formalizar para o concelho um investimento de 33 milhões de euros que vai criar 84 postos de trabalho.
Cristina Mendes da Silva, deputada à Assembleia da República
Depois de um longo percurso primeiro como vereadora e depois também como vice-presidente da Câmara de Lousada, Cristina Mendes da Silva integrou, em 2019, as listas do Partido Socialista e foi eleita deputada à Assembleia da República.
A educadora de infância, de 55 anos, natural de Lousada, foi, na Assembleia da República, membro das Comissões Parlamentares de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, Comissão do Trabalho e Segurança Social e Comissão dos Assuntos Europeus.
Entre outros, esteve envolvida nos dossiês da reestruturação do “Programa Rede Social” e da “Monitorização da resposta económica e social ao ecossistema do Vestuário, Têxtil, Calçado e Moda, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”, e foi a primeira subscritora de dois projectos de resolução que resultaram desse trabalho.
Dedicou-se ainda à defesa da construção da nova Linha Férrea do Vale do Sousa, envolvendo-se ainda nas questões ligadas ao combate à pobreza, empregabilidade e trabalho.
Pelo trabalho realizado, pela sua prestação e, talvez também pela força do PS Lousada a nível distrital, Cristina Mendes da Silva volta agora a ser candidata a deputada em lugar elegível, ocupando o nono lugar das listas socialistas ao círculo eleitoral do Porto.
Sejam quais forem os resultados das Legislativas de 30 de Janeiro, Cristina Mendes da Silva será reeleita para representar, mais uma vez, esta região.
António Cunha, deputado à Assembleia da República
O mesmo se passa com António Cunha, que destacamos em ex-aequo com a deputada socialista. A grande diferença é que o deputado à Assembleia da República, eleito nas listas do Partido Social Democrata, em 2019, não tinha o mesmo percurso político da socialista.
Volta também a ser candidato, ocupando o 15.º lugar nas listas do partido no distrito do Porto, podendo ser eleito.
Se em 2019 diz que pretendeu “ser a voz de Penafiel e da região na Assembleia da República”, agora, promete “ser uma voz activa no parlamento”.
Integrou as comissões de Assuntos Europeus e de Educação, Ciência, Juventude e Desporto e foi ainda coordenador do Grupo de Trabalho da Educação Inclusiva.
Nesta legislatura, foi muito interventivo nas questões ambientais, colocando várias questões sobre a ETAR de Arreigada e os problemas de poluição no Rio Ferreira, em Lordelo. O professor, antes director de um agrupamento de escolas em Penafiel, também se bateu por questões educativas na Assembleia da República, sobretudo as ligadas aos direitos dos docentes, pelo rejuvenescimento da classe, pela falta de atractividade da profissão e pelo problema estrutural de falta de professores pela dignificação do pessoal não docente nas escolas e pela redução do número de alunos por turma, entre outros.
Tal como Cristina Mendes da Silva poderá ganhar a possibilidade de defender os interesses da região por mais quatro anos.
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