Se nos fosse permitido comparar a forma como os cristãos deviam preparar as celebrações da Páscoa com o período pré-eleitoral das eleições europeias, ao jejum pedido a uns durante quarenta dias corresponderiam os banquetes com que se podem deleitar os que vamos eleger.
À abstinência dos primeiros corresponde a carne gorda dos chorudos vencimentos de cada deputado.
Com as mortificações que ainda caraterizam algumas sociedades, sobretudo de extremismos religiosos, faríamos coincidir a nossa dor por tantos contribuirmos tanto para um parlamento europeu cheio de gente a mais que nos martiriza com custos impensáveis de reuniões dispensáveis entre Bruxelas e Estrasburgo como se pudesse existir alguma razão lógica para isso.
Restaria ainda o cristão sentimento da caridade. Por misericórdia, que ninguém nos peça tamanho sacrifício para esta pseudo e putativa união europeia que nasceu sem o consentimento dos cidadãos, cresceu para dar acolhimento de luxo à classe política em número excessivo em cada país do continente, sobrevive tentando parecer que vive e corre sérios riscos de morrer acabando como um pesadelo que nos foi vendido como um sonho.
E todas as orações não chegarão para absolver as mentiras que nos venderam durante tantos anos.
Quanto às eleições, se me for permitido, por isto e pelo resto, não votarei nas europeias.
Não preciso de eurodeputados que só servem para padronizar o tamanho das sanitas.
Sei que esta europa dá para todos e sobeja, mas para este peditório o pessoal já deu.
Ou outra união ou esta não!
FEL
Esta semana
Todos temos dias. E noites, já agora. E há semanas em que não nos devíamos obrigar a escrever. Há dias em que ausência dos outros nos remete para o silêncio que deve caraterizar a nossa tristeza. Só quando o sentimento vai para além disso fazemos como se nada se estivesse a passar. E passou. E escrevi. Triste, muito triste. Um beijo, minha querida amiga!
MEL
Beatriz Meireles
É sempre com particular contentamento que assistimos ao crescimento político de alguns dos nossos representantes. Para além do sucesso que foi a apresentação do livro Bosque de Romãzeiras, na escola secundária de Paredes, congratulámo-nos por, enfim, vermos a vereadora da cultura, Beatriz Meireles, no meio do público, a assistir à cerimónia. É entre os cidadãos, no meio do povo, sem lugares reservados nem tribunas especialmente contratadas, que gostamos de ver os nossos eleitos. Sobretudo se forem socialistas.