Pensamos escrever hoje sobre a visível melhoria dos serviços do pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Paredes. Pelo menos no que toca à recolha do lixo que, diga-se, estava a atingir níveis de ineficácia quase escandalosos. Parece-nos francamente melhor e não será justo não reconhecer o esforço que está a ser desenvolvido, embora nunca nos tenham explicado como se chegou a tamanho estado de degradação e incúria. Era uma possibilidade.
Outra, seria, por exemplo, tentar explicar que, ao contrário do que nos foi prometido, tarda a recuperação do Complexo das Laranjeiras. Podíamos ir mais longe ainda e acrescentar que a construção de um pavilhão multiusos naquele espaço é improvável e desnecessária. Aliás, esta afirmação carece de justificação, mas, desde logo, convém lembrar que o que foi prometido aos eleitores foi a recuperação total de todo o complexo. Comece-se pelo pavilhão, se essa for a vontade política. Faça-se a recuperação total do pavilhão e revitalize-se a atividade desportiva. Já será bom.
Outro assunto, entre tantos que nos ocorrem, podia ser fazer uma qualquer interpretação sobre a construção de um parque de estacionamento no espaço da antiga ETAR. Dificilmente nos farão compreender que numa área de proximidade do rio Sousa e salvaguardando a área de proteção do rio não fosse possível encontrar melhor ideia para a ocupação daquele espaço que, recorde-se, está quase ligado ao melhor equipamento público que a cidade dispõe: o parque da cidade.
Não sabemos se por causa do frio ou do estado de alma, apetece-nos, hoje, falar de um assunto menos comum e, quiçá, de menor importância.
Contudo, muitas vezes, é nos pormenores que se fazem as grandes diferenças.
Estudamos em liceus que tinham nomes. Por exemplo e no nosso caso, estudamos no Liceu Alexandre Herculano e no Garcia d`Orta. Pensamos que são poucos os estabelecimentos de ensino aos quais não está associado o nome de uma figura que dignifique ainda mais aqueles espaços que, por boas razões na maioria dos casos, recordaremos a vida inteira. Que memórias, boas e más, da adolescência e da juventude, os melhores da nossa vida, podíamos partilhar sobre os tempos que vivemos na secção do Alexandre Herculano em Penafiel ou do Garcia em Paredes.
E, sim, gostaríamos que as escolas do nosso concelho, sejam secundárias ou agrupamentos, tivessem um nome que as identificasse para além do magro identificador da localidade.
Até já tínhamos pensado num nome para a escola onde trabalhamos. Aliás, dois. Gostávamos que a nossa escola estivesse ligada, por designação, a uma de duas personagens que muito respeitamos e que achamos merecem a distinção.
A minha escola enobrecia-se se deixasse de ser só Secundária de Paredes e passasse a designar-se “Escola Secundária Ramalho Eanes, em Paredes” ou “Escola Secundária António Guterres, em Paredes”. Se optássemos por uma mulher também já tínhamos pensado também num nome: Maria de Lourdes Pintasilgo.
Mas isto somos nós a pensar e sabemos da dificuldade de colocar todos a pensar como nós. Nesta como noutras coisas, sem unanimismos, mas com consensos sempre se consegue.
Com estes ou outros nomes!
MEL – ROTA DO ROMÂNICO
É um projeto de sucesso. Talvez o melhor investimento feito conjuntamente pelos municípios abrangidos. Se há alguma ação conjunta das autarquias da região que pode e deve ser elogiada, quer pela importância cultural ou mesmo pelo impacto económico é, sem dúvidas, a Rota do Românico.
FEL – EU GOSTO É DAS REDES SOCIAIS
Contra nós falamos.
Contudo, este fel dirige-se, apenas, aos que falam, falam e nada dizem, aos que falam o que lhes mandam dizer e os que falam sem saber.
Vivemos numa região em que, para cada problema, todos têm logo uma solução. Aliás, com tanta gente a saber de tudo, não é imaginável que a região continue na cauda do país nos diferentes parâmetros de desenvolvimento. Então, nas redes sociais, é só engenheiros e doutores.
Damos aos outros o conselho que sempre seguimos: estudem!