A grande questão em relação ao aterro de Lustosa é que o mesmo já há muito que deveria estar encerrado. Esta história dos resíduos que chegam de Itália é lateral e apenas deve contribuir para voltarmos a discutir algo que é muito importante: até quando vamos ter ali o aterro em funcionamento?
Se está mais do que demonstrado que o aterro já excedeu a sua capacidade e há anos que deveria ter sido encontrada uma solução alternativa, então, a questão é quando é que essa alternativa irá surgir? Penso que chegou, definitivamente, o momento de Lousada “dar um murro na mesa” onde estão sentadas as suas congéneres com interesses na situação e exigir uma nova solução para o aterro e num outro concelho, aliás, como ficou combinado há muitos anos.
Efetivamente, se o aterro está já além da sua capacidade, não faz sentido continuar a aceitar mais detritos e, muito menos, de países que não Portugal. Esta situação já se arrasta há tempo de mais para não ser colocada no topo da agenda de questões a debater e a resolver. E, provavelmente, isto só lá vai com a tomada de uma posição de força de inviabilize que os demais concelhos que beneficiam desta situação, continuem a esfregar as mãos com o protelar da situação.
O tema do aterro serve há muitos anos para aproveitamento político mas, nesta fase, é da política que se espera a resolução final desta situação. Percebe-se que nenhum concelho queira isto mas Lousada também não queria e acabou por assumir tendo em vista que todos teriam de suportar, mais cedo ou mais tarde, tal peso.
Agora, chegou o momento de colocar um ponto final. E o caso do lixo italiano é a gota que fez o copo escorrer… É hora de terminar isto, ainda que isso implique outras consequências!