Todos sabemos que nos dias de hoje, as redes sociais assumem um papel importante e cada vez mais decisivo no que diz respeito à divulgação, informação da actividade política, social e outras dos diferentes agentes representativos dos mais diversos organismos, seja ao nível nacional ou local.
Não raras vezes, assistimos “em primeira mão” a declarações de relevante teor dos mais altos responsáveis do estado, ao nível municipal e de freguesias de decisões ou intenções que afectam o nosso quotidiano.
Em suma, os nossos representantes usam as redes sociais para divulgar e informar os seus concidadãos do que fazem e/ou pretendem fazer.
Contudo, as redes sociais nem sempre são utilizadas da melhor forma, porquanto alguns dos seus protagonistas numa tentativa desenfreada de se promoverem e/ou tentarem menorizar os seus adversários, perdem a lucidez e a clarividência entrando por caminhos pouco recomendáveis.
Há uma tendência quase que natural a alguns, de usarem essas redes para se mostrarem, exibindo a seu bel-prazer comentários e/ ou publicações, confundindo propositada ou ingenuamente o papel de cidadão comum com o de figura pública, seja ela, local ou nacional.
Caminharemos para que no futuro, se possa fazer a triagem entre o homem público (sentido lato) do cidadão comum, mas a população tende sempre a confundir esses papéis, porquanto os seus protagonistas exorbitam e inebriam-se com as redes sociais, ficando idolatrados com os likes que as publicações por mais incipientes que sejam vão tendo.
E neste particular, todos temos o nosso “estado de loucura”, que convém todavia ser doseado.
As redes sociais são uma arma poderosa, e muitas vezes têm um papel devastador na imagem de muitos que exercem ou se disponibilizam a exercer cargos públicos, mesmo sem qualquer culpa.
Todos sabemos o impacto que as mesmas já tiveram, inclusivamente em Penafiel, em actos eleitorais recentes, onde por incúria, desleixo ou outros motivos, alguns “facebookianos” deitaram por terra o trabalho árduo, dedicado e empenhado de outros, conseguindo que durante dias, o tema em discussão fossem algumas publicações e vídeos e não os projectos e as valias que as candidaturas apresentavam, que ainda hoje se mantém actuais.
Estes episódios devem ter um efeito pedagógico no futuro, para não se cometerem os mesmos erros, cujas repercussões são enormes apesar de aparentemente parecerem questões menores.
Constatamos todos que em Penafiel, há uma forte presença nas redes sociais, e a nossa comunidade adere em massa às mesmas, fazendo sugestões, opinando, discutindo, em resumo, participando de forma activa e visível no desenvolvimento do nosso concelho.
Aliás, em bom rigor, vemos inclusivamente destacados dirigentes e autarcas em funções, a responderem nas redes sociais, a cidadãos bem informados, lúcidos e bem formados ética e profissionalmente, que tendo nascido ou não no concelho, escolheram a nossa cidade e concelho para viver.
Isto para significar que as redes sociais, têm também este efeito, ou seja, a “sede” de se agradar ou defender o poder em funções, leva a que se perca algumas vezes o discernimento entrando num jogo de resposta e contra resposta que não são compatíveis nem dignificam o cargo que se ocupa, seja por eleição ou nomeação.
Assistimos também, a outro lado, este mais negro, de alguns perfis falsos para atacar de forma gratuita alguns agentes políticos de vários espectros partidários.
Pena que esses autores, não tenham a grandeza de dar a cara e falar frontalmente, optando pela covardia e pequenez de a coberto do anonimato tentarem beliscar a imagem de pessoas, que andam e andarão na politica por gosto, paixão e dedicação à sua terra, não precisando felizmente da politica para viver nem sobreviver.
É pena todavia, que alguma da contundência utilizada apenas nas redes sociais não seja antes transportada e utilizada noutros fóruns, e não se faça o imprescindível contacto com a população, para sentir e ouvir os seus anseios e preocupações, e acima de tudo respondendo às questões concretas que os afectam.
Como diz a sabedoria popular de lugares comuns estamos todos cheios, é preciso gente que faça, que ouça, que ande no terreno e na qual a população se reveja como sendo um dos seus.
É este o desafio de todos os que querem de facto servir o concelho!
Porém, não devemos esconder nem escamotear a presença cada vez mais activa de cidadãos nas redes sociais, que conseguem em alguns momentos por razões diversas serem figuras principais no combate politico.
Este é um aviso e um sinal que se deve ter em atenção, antes que seja tarde demais…
Cada um à sua escala e dimensão, deve estar atento a esta realidade e responder ou tirar as suas ilações com propriedade.