É na zona de Puços, na antiga Quinta da Caturra, na encosta voltada para o Cavalum, que vai ganhar forma um sonho antigo da comunidade penafidelense. A Câmara Municipal de Penafiel aproveitou as comemorações do 3 de Março para apresentar as primeiras imagens daquele que será o novo espaço cultural da cidade, que quer assumir-se como pólo de referência no concelho e também na região do Tâmega e Sousa, sustentou o presidente da autarquia, Antonino de Sousa.
Chama-se Ponto C- Criatividade e Cultura e engloba não só o já anunciado auditório para espectáculos com capacidade para 400 pessoas, como ainda uma sala polivalente, para eventos de menor dimensão, e uma nova praça, zonas verdes e um anfiteatro natural.
“Um ponto de encontro, de partilha da nossa cultura, e um palco para trazer a Penafiel e à região o melhor da criação artística do país e do mundo”, referiu o autarca, falando no acolhimento de eventos artísticos nacionais e internacionais. Além disso, o objectivo é ter no Ponto C um “ponto de partida para novas criações e um ponto de partilha para experiências artísticas”.
A realização deste “sonho de décadas” permitirá afirmar ainda mais o concelho no domínio cultural, afiançou. Além disso, é uma oportunidade de expansão da cidade. “Este novo equipamento cultural, pela sua localização, vai, seguramente, permitir o crescimento da nossa cidade para a bela encosta do Cavalum, sem cortar a ligação ao centro histórico, rasgando novos caminhos e abrindo novos horizontes. Queremos que seja um marco para a cultura e para o futuro da nossa cidade”, defendeu Antonino de Sousa no discurso comemorativo dos 249 anos de elevação de Penafiel a cidade.
Mais tarde, à comunicação social, o presidente da Câmara adiantou que o valor global da empreitada ainda não está fechado, visto que faltam ainda os projectos de especialidade. Ainda assim, o valor global, estimou, rondará os três milhões de euros, com apoio de fundos comunitários. “Não é ainda muito possível ter números concretos nesta fase. Está desenvolvida a arquitectura do projecto mas faltam as especialidades. A nossa estimativa anda na ordem dos três milhões de euros. Terá apoio comunitário, de outra forma seria demasiado ambicioso para o município. Há uma verba prevista no PEDU, mas será preciso acompanhar com orçamento municipal”, salienta o edil.
A meta é concluir o projecto até 2020. “Queremos que o projecto avance o quanto antes e gostávamos muito que pudesse estar de portas abertas no ano em que a nossa cidade assinala os 250 anos. Há ainda muito caminho a percorrer”, confessou.
“Há dezenas de anos que a Penafiel e a região esperam pela oportunidade de ter um espaço cultural com estas características. Este é um espaço para a região que permite ter uma actividade cultural mais intensa”, acredita Antonino de Sousa.