Na próxima sexta-feira e sábado, Penafiel vai celebrar os 500 anos da carta de Foral, concedida pelo rei D. Manuel I.
Na sexta-feira, no auditório do Museu Municipal de Penafiel, decorrerá, pelas 21h30, a conferência “Os Forais de Penafiel e do Termo do Porto”, que juntará Francisco Ribeiro da Silva, professor catedrático da Universidade do Porto e autor do livro “Forais Manuelinos do Porto e seu Termo, e José Coelho Ferreira, autor do livro “Forais de Penafiel”. De seguida, haverá um momento musical (ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo), a declamação de um texto do foral e ainda a exposição dos forais de Penafiel.
No dia seguinte, será recriada a entrega do Foral de Penafiel pelo Grupo de Teatro de Novelas, na Praça do Município, pelas 20h30, acompanhada por uma actuação das Bandas Musicais de Rio Mau e de Rio de Moinhos, às 21h45, no Largo da Ajuda.
Em 1519, o rei D. Manuel I concedeu a Penafiel o Foral, que significava o reconhecimento de autonomia e a criação de um concelho, como refere a autarquia em comunicado. Neste sentido, eram estabelecidas normas de viver em comum e uma auto-organização na conduta das populações, como os privilégios, isenções e obrigações, a fixação em moeda, os valores e medidas e as portagens das entradas e saídas do território do foral.
O Senhor da Terra detinha o poder militar fiscal e judicial e ficava com um dos exemplares de cada foral. Os outros dois exemplares eram para a Câmara do Concelho e Torre do Tombo.
A Terra de Penafiel existia desde o século XI. Em 1047, apareceu o nome de “penafiel”,
numa convocatória do “Judex (julgado) de Penafiel”. O nome teve origem na Penha (Peña), que constitui o Castelo, próximo do Reguengo (Oldrões).