Nada como começar a semana a puxar pelo ego dos penafidelenses e a verdade é que temos todos muitos motivos para nos orgulharmos de sermos de Penafiel, uma terra rica em património, seja ele natural, físico ou imaterial.
Tivemos na semana passada um programa vasto em torno daquele que é considerado o ponto alto do turismo religioso em Penafiel: as festas do Corpo de Deus, tão bem apelidadas de festas da cidade e do concelho.
Começou na 4ª feira de manhã com o habitual cortejo do carneirinho e com a Cavalhada nesse mesmo dia à noite. O S. Pedro deu tréguas e tudo pôde correr como estava previsto.
O representante do povo transmitiu a sua mensagem ao Presidente da Câmara e os bailes populares deram o desejado colorido àquela noite. São seis os bailes que estão atualmente recuperados, mas são muitos mais os que faltam recuperar. Há, por isso, um longo trabalho pela frente nesta particular matéria.
No dia seguinte, dia da majestosa procissão, a cidade encheu-se de gente. Eu não consegui ver a procissão que habitualmente via passar na outra facha da avenida…eram tantas as pessoas de um lado e de outro da rua que impossibilitavam qualquer miragem dos figurantes que integrava esta bela procissão.
É impressionante ver a forma como a comunidade se envolve nesta festa, veja-se o número de figurantes que nela participaram e mais ainda o número dos que a foram apreciar, seja pela sua fé no Santíssimo Sacramento, seja por mera curiosidade. A cidade foi, mais uma vez, abençoada do alto do Sameiro, desta vez pelo Bispo D. Gilberto, Bispo emérito de Setúbal, que também já foi, em tempos, Bispo Auxiliar do Porto. Estão todos de parabéns pelo excelente trabalho, mas saliento sobretudo a forma como a Confraria do Santíssimo Sacramento se dedica a estes dias de festa. Uma confraria muito antiga e que foi a segunda confraria portuguesa a ter a autorização papal para a sua existência, em 1540, sendo que a primeira foi a de Braga.
Contamos ainda, neste ano, com o lançamento do livro “Corpo de Deus – Festa do Triunfo Eucarístico”, da autoria do penafidelense Padre José da Cunha Duarte, um trabalho que resultou de anos dedicado à investigação do tema em Portugal, Espanha e França. Um excelente contributo para o trabalho que ainda temos de fazer. Bem haja aos irmãos Padres Cunha pela sua sempre dedicação e entrega a Penafiel e por esta obra que vai, sem dúvida, ser muito útil a Penafiel.