“Seria ingrato que os militantes do PSD não dessem a Antonino de Sousa a confiança política que merece”. A afirmação é do mandatário da candidatura do atual presidente da autarquia à liderança da comissão política concelhia dos social democratas de Penafiel.
Para Alberto Clemente é claro que “tem que ser alguém especial a corporizar este processo”, e nada melhor do que o líder do município para trabalhar”, porque que tem no seu currículo “12 anos de governação autárquica exemplar”.
As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa, promovida por Antonino de Sousa, que serviu para apresentar os elementos do partido que o vão coadjuvar nesta luta pela liderança do PSD local, que tem também na corrida Alberto Santos, antigo autarca, e que já anunciou a sua candidatura a umas eleições que vão acontecer em setembro.
Alberto Clemente não quis ainda deixar de elogiar a postura de Pedro Cepeda que, antes de terminar o mandato da comissão política concelhia, o que só iria acontecer em março do próximo ano, apresentou a demissão para, recorde-se, “garantir a atempada preparação das autárquicas”.
“Pedro Cepeda teve a coragem de tomar uma decisão que só alguém desapegado do poder o conseguiria fazer”, prestando “um bom serviço ao partido”, caso contrário, “ficava condicionado no tempo, porque está em causa um novo ciclo municipal.
Neste conferência de imprensa, que decorreu na sede do partido, Antonino de Sousa anuiu que as eleições autárquicas de 2025 serão “um processo eleitoral exigente”, por isso, dois anos para as preparar “não é muito”.
O atual autarca confessou que poderia ter ficado à margem desta luta, optando por “fazer de conta” que não era nada nada com ele, seria “o mais fácil e mais cómodo”, mas decidiu avançar com uma lista para “assumir responsabilidades”, uma vez que tendo um papel tão relevante, não só no município, mas também na distrital do partido, já que é vice-presidente daquela estrutura, se não assumisse uma candidatura iria ser visto como “um ato de coboardia e nenhum militante iria entender uma opção dessas”.
Para além disso, o líder laranja elenca a história autárquica em Portugal, que tem mostrado que “sempre que um presidente da Câmara não participa no processo de sucessão há uma probabilidade muito elevada de (a sua força política) perder as eleições”, dando como exemplo o caso do Porto.
Para além disso, Antonino de Sousa diz mover-se por um sentimento de “gratidão”. E recorda: “em 2013, o PSD deu-me a confiança para liderar uma candidatura à Câmara e eu procurei honrar essa confiança com resultados eleitorais”, elecando as vitórias do seu partido em Penafiel, nas três última eleições autárquicas.
Por isso, defende que a sua missão só estará cumprida “quando pegar na chave da Câmara e a entregar a outro presidente do PSD”.
Já sobre a opção da anterior comissão política em se demitir, Antonino de Sousa justificou que foi uma decisão conjunta e “não tomada de ânimo leve ou por um homem só”. Apelidou-ainda de “responsável e corajosa”, porque seria “mais fácil levar o mandato até ao fim e quem viesse depois que se arranjasse”
Antes de passar aos pontos que vão nortear a sua candidatura, Antonino de Sousa fez questão de esclarecer que estas eleições internas “não são um referendo que vai decidir quem vai ser o candidato a presidente do município”. Isso vai acontecer em sintonia com a PSD nacional e “no tempo certo”, porque, nesta fase, “está tudo em aberto”. “Quem disser o contrário está a faltar ao respeito aos militantes”, atirou.
Passados os recados, o atual autarca fez questão de anunciar algumas linhas mestras que este ato eleitoral laranja pressupõe e que passam por um “processo transparente e participado”, onde “tudo será feito às claras”. Certo é que, este grupo de trabalho pretende que “haja uma grande participação” de militantes nestas eleições.
Para isso, assegurou, a lista vai começar por “ouvir autarcas, empresas e instituções de solidariedade social”, de forma a promover um “debate rico” que permita fazer “um verdadeiro dignóstico de qual é a preceção da comunidade” em relação ao partido e ao concelho, concluiu.