O Festival Literário Escritaria volta a contaminar as ruas de Penafiel entre 1 e 7 de Outubro. O grande homenageado da edição deste ano é o escritor angolano Pepetela.

Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, que nasceu em Benguela, Angola, em 1941, tem uma vasta obra literária, justifica a organização.

Mais uma vez, para esta 11.ª edição da Escritaria, fica prometida uma “verdadeira transformação da cidade” em torno do escritor homenageado e da sua obra. Penafiel promete tornar-se na cidade de Pepetela com arte nas ruas, montras das lojas, exposições, teatro e música, entre outras novidades. Será “impossível a qualquer pessoa não ‘tropeça’” ou no autor de carne e osso, ou na sua escrita”, adianta nota de imprensa.

“Vários actores vão interpretar em vários cantos e recantos da cidade textos de Pepetela, ao mesmo tempo que as fachadas dos prédios e outros locais da cidade vão mostrar a sua obra e torna-la até portátil em caixas de leitura e muitos outros materiais”, promete a Câmara Municipal de Penafiel.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Pepetela deixará ainda uma frase que marcará a cidade, à semelhança dos autores homenageados nas edições anteriores. Pelo Escritaria já passaram Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira e Miguel Sousa Tavares.

Da obra de Pepetela destacam-se Muana puó (1978), As aventuras de Ngunga (1979), A geração da utopia (1992), Parábola do cágado velho (1996) e A gloriosa família (1997). A atribuição do Prémio Camões, em 1997, viria a confirmar a importância da sua obra e o destaque que ocupa na literatura lusófona.

Recorde-se que o Escritaria é o único festival literário que se dedica a homenagear um escritor vivo de língua portuguesa.