Foto: Verdadeiro Olhar

O Tribunal da Relação do Porto confirmou a condenação a um ano e dois meses de prisão, com pena suspensa, de um militar da GNR que, em agosto de 2019, pontapeou um homem junto ao recinto da Agrival, em Penafiel. Depois de ter sido levada para o posto, a vítima foi ainda projetada contra a parede, onde bateu com a cabeça.

No acórdão, revelado pelo JN, o guarda terá de pagar uma indemnização de 2 626 euros, apesar de insistir que é inocente.

Recorde-se que, o caso remonta a 29 de agosto de 2019 quando, pelas 2h00, à saída do recinto da feira agrícola Agrival, dois homens foram abordados pela GNR por, alegadamente, terem dirigido palavras obscenas aos militares. De imediato, os indivíduos foram metidos numa carrinha, onde terão sido alvo de agressões.

Já no posto, o homem começou a filmar com o telemóvel a interação com os guardas, mas, apercebendo-se dessa circunstância, o mesmo militar agarrou-o e projetou-o contra uma parede.

Para os juízes, a versão dos factos relatada pelo arguido foi contrariada por alguns dos depoimentos de militares da GNR que consigo seguiam e pelas lesões apresentadas pela vítima, além de nenhuma testemunha confirmar o que foi referido no auto de notícia, diz ainda o JN.

Quanto às declarações da vítima, corroboradas pelos elementos clínicos e relatório médico-legal, e das testemunhas que com ele tinham ido à Agrival, o Tribunal deixou claro que, “no essencial, foram coincidentes”.

Em reação à decisão do Tribunal da Relação do Porto, que o O militar, condenado pelo um crime de ofensa à integridade física qualificada e absolvido por um crime de injúria agravada, já disse nas redes sociais que este era o “encerrar de um ciclo muito doloroso e penoso que se arrastou durante mais de cinco anos”.

“É o final de um caminho que não escolhi, mas que me vi obrigado a percorrer e a aceitar. Foi também mais uma lição de vida, bem como um crescimento e o apurar de muitas conclusões que guardarei para mim e para futuras situações de qualquer tipo”, disse ainda