Um grupo de voluntários do Serviço de Compras do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) esteve, no sábado, na Associação de Pais e Amigos dos Diminuídos Mentais de Penafiel (APADIMP), a pintar uma sala da instituição numa verdadeira acção de voluntariado.

Os 10 voluntários, além de pintaram a sala que foi identificada pela APADIMP, ajudaram, também, a servir refeições aos utentes da instituição. Todos os materiais foram adquiridos a expensas próprias pelo grupo.

Bruno Cunha, do Serviço de Compras, referiu que o grupo de voluntários há algum tempo que vinha ponderando a possibilidade de colaborar com as instituições de solidariedade social do concelho, tendo optado nesta fase pela Associação de Pais e Amigos dos Diminuídos Mentais de Penafiel, uma associação que serve cerca de 350 utentes e que é sobejamente conhecida na região.

“Pensamos que fazia todo o sentido, no âmbito da nossa missão, considerar todos os concelhos que fazem parte da área de influência do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, pelo que, nesta fase, optamos por Penafiel e pela APADIMP, uma instituição que faz um trabalho meritório, que trabalha  com uma população especial. Contactamos a direcção da instituição que se disponibilizou de imediato para apadrinhar a nossa ideia”,disse.

Ao Verdadeiro Olhar, Bruno Cunha recordou que esta acção teve, também, como propósito dar a conhecer o serviço de compras do CHTS à comunidade, proporcionar aos utentes da APADIMP melhores espaços e condições materiais e ao mesmo tempo cumprir um dever de cidadania, colocando o grupo à disposição de quem mais necessita.

“Somos um grupo que já é sobejamente conhecido dentro do CHTS, mas, como referi, queremos dar-nos a conhecer à sociedade, queremos tornar-nos úteis, colaborar com que mais necessita e apenas tivemos que disponibilizar o nosso tempo e a nossa mão-de-obra”, expressou.

“Queremos replicar essa ideia, existe vontade da nossa parte em dar continuidade a este trabalho e acredito que uma vez divulgada esta actividade, outras instituições e associações irão responder afirmativamente ao nosso repto”

Bruno Cunha avançou que, depois desta primeira experiência, o objectivo passa por identificar outra instituição e todos os anos ajudar associações e instituições.

“Queremos replicar essa ideia, existe vontade da nossa parte em dar continuidade a este trabalho e acredito que uma vez divulgada esta actividade, outras instituições e associações irão responder afirmativamente ao nosso repto”, acrescentou, manifestando interesse  em manter e aproveitar esta abertura da direcção da APADIMP para continuar a colaborar e disseminar outra actividades que venham a realizar-se.

Referindo-se ao trabalho da APADIMP, Bruno Cunha destacou que esta instituição realiza um trabalho determinante ao nível da reabilitação, a educação e a integração social dos diminuídos mentais do concelho de Penafiel e de outros municípios.

“Para ser sincero, não imaginava que a instituição tivesse tantos utentes. É uma estrutura imensa. Há escolas no concelho com menos alunos”, atestou.

Referindo-se ao trabalho do Serviço de Compras do CHTS, Bruno Cunha esclareceu que a secção é responsável por todas as aquisições do CHTS, desde o pequeno parafuso até aos medicamentes, próteses, obras entre outros.

“As compras estavam ligadas ao aprovisionamento. Foi feita um departamento próprio para a logística e ficamos só com as compras. Somos uma equipa multidisciplinar e acabamos por conhecer todo o centro hospitalar”, afiançou.

Margarida Reis, residente Amarante, do serviço de Compras do CHTS, ressalvou as vantagens da secção de que faz parte em se dar a conhecer à comunidade e conhecer as instituições locais. “Desde o momento em que surgiu a ideia de trabalharmos com várias instituições, o grupo aderiu de imediato. Estamos todos irmanados na mesma missão e vamos seguramente continuar a dar o nosso melhor para ajudar outras colectividades”, sublinhou, acrescentando que o voluntariado deve ser encarado como uma missão e um instrumento de desenvolvimento social.

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“Tenho um filho com um ano, deixei-o ficar com a madrinha e voluntariei-me para ajudar os utentes da APADIMP, porque o voluntariado é cada vez mais necessário e mais útil”, asseverou.

Rui Soares, também, de Amarante, do serviço de Compras do CHTS, ressalvou, também, a importância do serviço se dar a conhecer a nível local, fomentar parcerias e desenvolver actividades com outras instituições.

“Faço voluntariado noutras instituições e sei que a APADIMP é uma instituições com uma missão nobre, que desenvolve um trabalho difícil que envolve utentes de toda a região e que merece toda o apoio por parte da comunidade”, afirmou, sustentando que o voluntariado deve ser incentivado, constituindo um veículo para promover o desenvolvimento social, colmatar necessidades e reforçar os laços entre instituições.

Já o presidente da direcção da APADIMP, Manuel Lopes, relevou o trabalho e a disponibilidade demonstrada pelo grupo de voluntários do serviço de compras do CHTS.

“Assim que fomos contactados aceitamos de imediato e com agrado a acção de voluntariado do Serviço de Compras do CHTS”, confessou, assegurando que a associação está aberta a toda a comunidade.

A APADIMP dá apoio a 350 utentes, da região do Vale do Sousa e Tâmega, 12 dos quais são residentes. Refira-se que esta é a capacidade total para residentes da APADIMP definida a pela Segurança Social.

O Serviço de Compras do CHTS tem cerca de dois anos de existência.