Faleceu, no passado dia 3 de julho, o professor Joaquim Martinho, natural de Paço de Sousa, Penafiel, e que tinha agendado para amanhã, domingo, a apresentação do seu útimo romance “Comboio Rápido”. O “herói sem capa” sofria de combate Esclerose Lateral Amiotrófica e lutava há dez anos contra esta doença degenerativa.
Antes de partir, manifestou a sua vontade em que se mantivesse o lançamento do seu romance. Por isso, amanhã, a partir das 16h00, o salão dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, vai encher-se para lembrar o professor de eletrótecnia que, através da escrita, conseguiu “minimizar as dores” de uma doença que aprisiona o corpo, mas nunca a mente ou o coração.
O “Comboio Rápido” conta a história de um casal de trás-os-montes que abriu um restaurante no Porto e que, todas as semanas, fazia a viagem entre as estações de São Bento e o Pocinho, para trazer os produtos da terra, como enchidos, folar e tantas outras iguarias únicas da região.
Em recente entrevista ao VERDADEIRO OLHAR, Maria de Lurdes, a mulher de Joaquim Martinho, contava-nos que, no dia da apresentação do livro, o marido ia ser recebido numa sala repleta de famíliares, amigos e antigos alunos, com muitos aplausos e “rodeado de amor”. E assim vai ser, porque os heróis não morrem, apenas se transformam em amor que se espalha por todos aqueles que nunca os esquecem.