Um grupo com cinco encapuzados, pelo menos um deles armado, tentou roubar mais de 40 mil euros de uma fábrica de confecções, em Cabeça Santa, Penafiel.
O dinheiro, levantado pouco antes, seria usado pelos donos da empresa para pagar os salários de parte dos mais de 80 funcionários da unidade fabril.
Os ladrões chegaram a ter o envelope do dinheiro nas mãos, mas os funcionários e os donos da empresa defenderam-se. Na confusão, quatro fugiram, mas um foi apanhado e retido pelos trabalhadores e foi detido pela GNR, que chegou rapidamente ao local.
Dinheiro tinha sido levantado momentos antes
A Confecções Sampaio da Mota, em Cabeça Santa, é actualmente gerida por três irmãos e conta com mais de 80 funcionários. Muitos preferem receber em numerário, algo que acontece sempre por volta do dia 9 de cada mês.
Hoje não foi excepção. Duas das proprietárias foram ao banco, nas Termas de São Vicente, levantar o dinheiro. Ao que o Verdadeiro Olhar conseguiu apurar seriam mais de 40 mil euros. Ainda no banco, terão estranhado a presença de um individuo com uma máscara branca (idêntica às cirúrgicas e tipicamente usada para problemas respiratórios) atrás delas na fila.
Fizeram o levantamento e dirigiram-se à empresa, parando dentro do estacionamento. Seriam cerca de 15h00. Logo de seguida, um carro parou junto ao portão e três dos cinco encapuzados entraram dentro da fábrica. Um deles estava armado e ameaçou os funcionários de uma transportadora que estava a recolher material. Os outros tentaram levar o dinheiro.
As donas da empresa gritaram e, alertadas, as funcionárias e o outro dono vieram cá fora. Gerou-se então a confusão e os ladrões chegaram a ter o envelope do dinheiro nas mãos, mas acabou recuperado pelos funcionários e donos da empresa.
Os assaltantes fugiram então em direcção ao carro, mas um acabou por ser apanhado pelos funcionários. “A minha namorada retirou-lhe o carapuço e deu-lhe quatro bofetadas. Segurou-o até chegar a GNR”, conta Luís Bragança, que aguardava fora da fábrica.
A GNR terá chegado rapidamente ao local. O suspeito ficou algemado nas instalações até à chegada da Polícia Judiciária.
Ainda com a GNR no local as funcionárias regressaram ao trabalho. Saíram por volta das 17h30, já depois de receber o respectivo salário.
“Foram corajosos. Estavam sujeitos a apanhar um tiro”, comentavam as pessoas no local.