Já depois do Verdadeiro Olhar ter noticiado a falta de pessoal não docente na Escola EB1 de Mosteiro, em Penafiel, o Bloco de Esquerdo confrontou o Governo sobre esta questão e a falta de pessoal docente e não-docente nas escolas do ensino básico e do secundário.

Em comunicado, os bloquistas defendem que a falta destes profissionais coloca em causa o regular funcionamento das escolas.

“São por demais recorrentes as queixas das diferentes comunidades educativas relativas à falta de pessoal docente e não-docente nas escolas do ensino básico e do secundário. A falta destes profissionais não raro põe em causa o regular funcionamento das escolas e até as condições de segurança do estabelecimento e dos estudantes que os frequentam, com particular ênfase nas escolas do ensino básico. Chegou ao conhecimento do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda que a Escola EB1 de Mosteiro, em Penafiel tem neste momento falta de pessoal não-docente. Essa situação levou, inclusive, a que os pais dos alunos se tenham visto na contingência de apoiar o funcionamento da escola, mormente no período das refeições”, referiram os bloquistas.

Segundo o Bloco de Esquerda, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da escola já alertou para a exaustão da auxiliar ao serviço, advertindo para que “com o actual quadro de pessoal não-docente, é impossível manter as crianças sob vigilância no período e local de recreio ao mesmo tempo que executam todas as demais atribuições”.

No comunicado, o Bloco de Esquerda informou que  questionou o Ministério da Educação, através do deputado Luís Monteiro, eleito pelo círculo do Porto, como irá proceder para resolver esta situação e quando, quando é que serão adoptadas medidas para corrigir a falta de profissionais.

“Lembramos que na discussão do Orçamento do Estado, o Bloco fez aprovar a revisão da portaria de rácios: esta deve ser adequada às características das escolas e respectivas comunidades educativas, incluindo a existência de espaços exteriores, laboratórios, bibliotecas e cantinas, com especial enfoque nas necessidades da educação inclusiva”,  lê-se no comunicado.