José Eduardo Rodrigues tem 17 anos e é o piloto mais jovem da categoria Super 1600 do Campeonato Nacional de Ralicross. Este fim-de-semana, correu, pela primeira vez, no Ralicross Vila de Mação, a segunda ronda deste campeonato.
O penafidelense, que compete pela Reboconort, começou, desde muito jovem, a interessar-se pelas corridas, começando a conduzir com 13 anos de idade, em Sever do Vouga. A isto não será alheio o facto de ser neto e filho de pilotos, também de Penafiel.
Um amor que lhe está no sangue
José Eduardo Rodrigues nasceu em Penafiel, mora em Ermesinde e estuda em Gondomar. Não desvaloriza os estudos, até porque “se quer correr tem de mostrar resultados” e as competições só começam quando o ano escolar está prestes a terminar.
O amor por este desporto corre-lhe no sangue desde que nasceu. Começou, desde logo, a seguir o pai e o avô – Eduardo e José Rodrigues -, ambos pilotos da Reboconort, para todas as corridas. Aos 13 anos, em Sever de Vouga, um Toyota Starlet deixou-se conduzir pelas mãos do jovem. Tornou-se o primeiro carro com que competiu nas corridas do Ralicross.
O apoio da família e dos amigos não lhe falta e a motivação para conseguir alcançar bons resultados também não. Tem já todas as atenções concentradas “na prova dos seus sonhos que se vai realizar já este ano”. Vai estar em pista ao lado do pai e do avô numa prova que vai contar para o Europeu de camiões.
Apesar de José já ter tido um sobressalto com um acidente, nada o impediu de voltar a treinar na semana seguinte, “para ultrapassar” o medo. Nesse momento, percebeu que o ralicross era um objectivo do qual não queria desistir e, por isso, diz “não ter uma segunda opção”.
“Balanço positivo” das provas do fim-de-semana em Vila de Mação
O Campeonato Nacional de Ralicross, em que o piloto penafidelense está inserido, conta ainda com mais seis jornadas. A primeira já aconteceu em Lousada e a segunda foi agora em Vila de Mação.
José Eduardo Rodrigues compete na categoria Super 1600 em que, segundo o jovem, “estão inseridos carros diferentes do normal, que já têm caixa sequencial e um motor muito mais forte com cerca de 220 cavalos”. O seu Peugeot 206 deixa-o “muito satisfeito”. “De momento, não existe muito a melhorar, até porque ainda foi pouco rodado”, explica.
“A trabalhar no meu carro esta a Garagem Veiga, no qual deposito total confiança, graças a eles melhorei muito a minha condução e o carro passou a estar muito melhor preparado”, acrescentou o atleta.
Para o jovem “hoje em dia, o Ralicross é muito mais valorizado do que era há uns anos, até porque agora os regulamentos estão a mudar e estão a ficar relativamente iguais aos do mundial, atraindo, assim, muito mais público e até alguns pilotos que tinham as suas viaturas paradas, muito por causa dos regulamentos”.
Das provas deste fim-de-semana, José Eduardo Rodrigues retirou um “balanço bastante positivo”. “No sábado começamos com um bom ritmo até porque o piso estava relativamente seco, a partir da primeira manga começou a chover constantemente e não conseguimos melhor que um terceiro lugar e um quarto lugar na segunda manga”. Já nas provas do dia seguinte, o jovem andou “sempre muito próximo dos adversários”. Na final, o atleta conseguiu o 5.º melhor tempo na geral.
A próxima prova será em Sever de Vouga, no sábado, dia 18, e domingo, dia 19.
