O PCP quer que se avance com obras na Escola Secundária de Valongo que nunca sofreu nenhuma intervenção de fundo nos últimos 30 anos, além de manutenção “avulsa”. O estabelecimento de ensino, diz o partido, precisa de obras de requalificação e ampliação já que tem 1.400 alunos do ensino secundário, recorrente e profissional, mas faltam salas. “Os próprios funcionários cederam a sua sala de descanso e convívio para ser ali criada uma sala de aula”, recordam as deputadas do PCP na Assembleia da República, Diana Ferreira e Ângela Moreira, que ontem visitaram a escola e reuniram com a direcção.
“A escola necessita de obras de ampliação, mas também de obras de fundo na canalização e electricidade: como exemplo, os cursos profissionais (pastelaria, hotelaria, cozinha, informática, electrónica, entre outros…) necessitam de vários equipamentos eléctricos e os quadros não estão preparados para tal potência”, explica nota de imprensa do partido. “São também precisas obras que impeçam a infiltração de frio e humidades e garantam condições de isolamento térmico, pelo que também tectos e caixilharias terão que ser considerados para obras”, completa a mesma fonte, pedindo ainda obras no pavilhão desportivo e apontando a falta de assistentes técnicos e operacionais.
“Importa dizer que esta escola, com mais de 30 anos, nunca foi intervencionada. A manutenção que tem sido feita, avulsa, é insuficiente pois não resolve problemas em definitivo, por isso, o PCP irá intervir no sentido de se retomar, desde já, o processo de projecção de obras”, prometem as deputadas do partido.
É que, recordam, a esta escola chegaram a estar destinados 100 mil euros que, não sendo verba suficiente para a realização das obras que o estabelecimento de ensino necessita, serviriam para a fase de projecto e posterior iniciação de obras, bem como para que a escola pudesse ficar considerada no mapeamento de escolas a serem intervencionadas.
“O Governo decidiu reverter o processo e romper com as expectativas de toda a comunidade escolar, significando a degradação das condições hoje existentes, sendo que a autarquia foi cúmplice desta situação”, culpa o partido.
O PCP promete levar o problema à Assembleia da República e solicitar reuniões às várias direcções de agrupamentos de escolas do concelho de Valongo. Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal irão também questionar o presidente da Câmara sobre esta nova reafectação de verbas para obras de escolas que deixou de fora uma escola que já tinha verbas destinadas, conclui o comunicado.