O concurso público para a construção de um conjunto de edifícios que vão permitir realojar a comunidade cigana instalada no centro da cidade de Paredes será lançado no início de Janeiro de 2017. Segundo a Câmara Municipal de Paredes, o objectivo é que a obra esteja concluída até Maio.
O investimento, superior a 300 mil euros, consta do orçamento municipal para o próximo ano, já aprovado em reunião de executivo. Serão realojadas 25 famílias, mantendo-se a localização na Madalena.
Recorde-se que a base deste projecto já foi apresentada em 2009, sendo que a obra foi sendo sucessivamente adiada.
“Isto vai resolver um problema de ordenamento do território, de saúde pública e de dignidade humana”, defende o presidente da Câmara Municipal de Paredes. Celso Ferreira realça que ficará assim resolvido um dos três grandes problemas que encontrou quando tomou conta da autarquia em 2015, aos quais junta o do edifício abandonado onde está hoje instalado um hotel e o da ETAR de Paredes, já encerrada.
Processo arrasta-se desde 2009
Foi em 2009 que a Câmara Municipal de Paredes apresentou o projecto que previa a construção de 20 moradias para a comunidade cigana, na altura com 94 elementos. A obra ia nascer num terreno da Madalena com mais de 15 mil metros quadrados. As casas ficariam dispostas em “U”, criando um espaço amplo entre habitações, e haveria ainda zonas ajardinadas, parque infantil e um lavadouro público.
O projecto, considerado como um exemplo de boas práticas pelo Alto-Comissariado para as Minorias Étnicas, acabaria reprovado em reunião de câmara por três vereadores do PS, por um do CDS-PP e ainda por um do PSD, que estava em divergência com Celso Ferreira.
A obra esteve para avançar, em 2012, mas não se concretizou por falta de fundos comunitários.
No orçamento de 2016 já constava uma verba para pôr o projecto em marcha. A autarquia garante agora que a obra é lançada em 2017 e fica concluída em Maio desse ano, tendo o projecto sofrido apenas algumas pequenas alterações.