Um grupo de pessoas, que se intitula Movimento Salvar o Ringue de Baltar, lançou uma petição online contra a destruição daquele espaço, localizado no coração da freguesia.
Segundo Luís Cruz, trata-se de um movimento apartidário que pretende preservar aquele espaço que existe desde o final da década de 70 e é utilizado diariamente pela população.
A petição nasce como resposta ao anúncio da Junta de Freguesia, sobre um projecto de requalificação para aquele local, que não inclui a manutenção do rinque.
“O Movimento Salvar o Ringue de Baltar surgiu numa perspectiva de bloquear a atrocidade que está prestes a acontecer e chamar à razão o executivo da Junta de Freguesia e a Assembleia de Freguesia”, referem.
“O rinque da Feira é utilizado diariamente pelos baltarenses e habitantes de freguesias próximas para a prática do desporto, contribuindo para a dinamização da vila de Baltar”, defendem em nota de imprensa.
Ao Verdadeiro Olhar, Luís Cruz, um dos elementos do movimento, acrescenta que “o rinque é usado todos os dias pela população que pode ser requalificado e não destruído. É uma tradição. Não deve haver uma única pessoa de Baltar que não tenha uma memória naquele rinque”.
O Movimento explica ainda que a Junta de Freguesia quer colocar um sintético na zona da Igreja, onde já existiu um campo de futebol, mas, concordando com essa obra, defende que “a construção de um novo rinque não implica a destruição do relvado existente no centro da freguesia”.
Já mais de 100 pessoas assinaram a petição que será entregue na próxima Assembleia de Freguesia. “Quisemos alertar para a situação. A maioria das pessoas nem sabe que isto está a acontecer”, acredita Luís Cruz.
Contactado, o presidente da Junta de Freguesia de Baltar confirma que há um projecto de requalificação que prevê uma alameda para aquele local e já foi apresentado à população aquando da última presidência aberta da Câmara de Paredes na freguesia. “Nessa altura não houve contestação”, salienta Jorge Coelho. “Percebo que haja sentimentos sobre aquele local. Mas Baltar esteve parado no tempo e queremos ali um espaço que permita actividades culturais, um parque infantil e equipamentos para seniores”, explica o autarca. “Eu também joguei lá à bola, mas quero o melhor para a minha terra”, sustenta, dizendo que não está preocupado com esta petição.