Um homem suspeito de violência doméstica e que, desde Abril, já foi detido três vezes, viu reduzida a distância a que estava impedido de se aproximar da mulher. A última detenção ocorreu na quinta-feira e embora nunca tenha cumprido as medidas de coacção impostas pelo Tribunal de Penafiel, a juíza de instrução criminal que o interrogou, libertou-o, reduziu de 500 para 300 metros a distância mínima a que se pode aproximar da vítima, avança a edição de hoje do JN.
Tudo começou no dia 20 de Abril, quando uma mulher de 41 anos teve que fugir de casa e pedir ajuda no posto da GNR do município de Paredes, na sequência de agressões sofridas.
A vítima foi encaminhada para o hospital e o homem, operário de construção civil, com 51 anos, acabou detido. Depois de ter sido sujeito a interrogatório judicial, foi libertado, com a obrigação de usar pulseira electrónica que o impediria de se aproximar da vítima.
Voltou a casa, porque a mulher foi acolhida por um filho, mas três semanas depois teve que regressar à sua habitação e passou a viver com o marido, tendo ainda que recusar o dispositivo que a alertava para a presença do agressor, explica ainda o diário.
No dia 7 de Julho, foi atacada uma segunda vez e o homem ter-lhe-á queimado a cara com um cigarro, destruiu o quarto, voltando a a ser detido e levado a tribunal. O juiz manteve o impedimento de contactos e obrigou-o a abandonar a habitação, o que não veio a acontecer, diz ainda o JN.
Detido pela terceira vez, assegurou, perante a juíza, que iria abandonar a casa onde vivia a mulher. A juíza acreditou e mandou-o embora, reduzindo ainda a distância a que se podia aproximar da vítima, para que pudesse mudar-se para casa de um irmão, que mora nas imediações da sua habitação.