Um incêndio de grandes proporções consumiu parcialmente, esta madrugada, as instalações da empresa ‘A. Barbosa’, em Astromil, Paredes. Não há vítima a registar. A Polícia Judiciária está a investigar as origem do fogo.
O empresário garante que não está em causa a continuidade da empresa nem os 30 postos de trabalho. Ao final da manhã o incêndio ainda estava em fase de rescaldo.
Em declarações ao Verdadeiro Olhar, Paulo Ferreira, comandante em regime de substituição dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa, informou que o alerta foi dado pelas 1h39 por populares. À chegada, os soldados da paz viram que “estava a arder apenas uma zona do pavilhão, dedicada à produção de portas, flutuantes e soalhos”, matérias-primas bastante inflamáveis e com “elevada carga térmica”. Não estava ninguém na unidade e o armazém já “estava tomado pelas chamas”. Ainda assim, os bombeiros conseguiram que o fogo “que ficasse circunscrito naquela zona e que não alastrasse”, tendo sido retirado algum material, referiu ainda Paulo Ferreira. Ao que tudo indica, “o fogo terá tido origem numa caldeira”.
Américo Barbosa só soube do incêndio já de manhã. “Tinha muitas chamadas quando acordei e liguei a um empregado que me disse que isto tinha ardido. Às sete horas, quando cheguei, estavam aqui os bombeiros no rescaldo”, conta o fundador e dono da empresa. O empresário adianta que “ardeu muita madeira, duas máquinas e caiu parte da cobertura”, mas diz que os prejuízos ainda estão a ser apurados. Sobre as origens do fogo deixa algumas hipóteses: “Temos uma caldeira em baixo que faz a secagem de madeiras e pode ter começado por aí, mas também pode ter sido um curto-circuito, não sabemos”.
A empresa, com mais de 30 anos de existência e 30 funcionários, não pretende baixar os braços. “Iremos accionar o seguro e os técnicos já estão a trabalhar para pôr a luz a funcionar. A indústria pesada não sofreu. Só arderam duas máquinas. Queremos laborar já esta tarde. Havendo luz começasse a trabalhar”, sustentou, garantindo que não estão em causa o futuro da empresa nem postos de trabalho. “Vamos arregaçar as mangas e andar para a frente”, afirmou Américo Barbosa.
A A. Barbosa – Transformação e inovação com madeira dedica a sua actividade à transformação de madeiras, fabrico de pavimentos e revestimentos em madeira maciça possuindo ainda a vertente de comércio de madeiras, flutuantes, portas e placas.
O fogo foi combatido por seis corporações dos concelhos de Paredes e Penafiel – Baltar, Cete, Lordelo, Paço de Sousa, Paredes e Rebordosa -, chegando a estar no local mais de 40 operacionais e 12 viaturas.