Paredes: Descarga poluente mata peixes no Rio Sousa em Parada de Todeia

Novo atentado ambiental terá acontecido no domingo. Junta de Freguesia denunciou o caso às autoridades

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Centenas de peixes morreram devido a nova descarga poluente no Rio Sousa, desta vez em Parada de Todeia, no concelho de Paredes.

A Junta de Freguesia, que denunciou o caso aos Serviços de Proteção da Natureza da GNR e ao pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Paredes, diz que tudo aconteceu na “levada do Zé Maria”, junto à ponte do apeadeiro de Parada de Todeia.

O alerta foi dado por um cidadão da freguesia que está envolvido num projecto de vigilância do rio.

Descarga terá acontecido entre Cete e Parada de Todeia

Eram 9h00 de domingo quando Manuel Sousa e Silva, habitante da freguesia, encontrou um cenário de atentado ambiental. Água turve e centenas de peixes mortos ou moribundos à tona. O homem, que tem colaborado num projecto de vigilância do rio, alertou a Junta de Freguesia de Parada de Todeia.

“Deslocamo-nos ao local e pudemos constatar uma concentração de centenas de peixes moribundos no Rio Sousa, numa situação que se pode caracterizar como catastrófica para a fauna do rio Sousa naquela área da albufeira da levada do Zé Maria, como é conhecida na freguesia”, descreve o presidente da Junta. Albertino Silva, diz que, depois de fazer o percurso até à ponte do Vau, já na freguesia de Cete, encontrou águas limpas. Pelo que “tudo indica que a descarga de poluição se terá efectuado entre estes dois pontos do curso do rio”.

“Suspeitamos de uma descarga ilegal poluente e demos conhecimento aos Serviços de Protecção da Natureza da GNR, destacamento de Penafiel, e ao pelouro do meio ambiente da Câmara Municipal de Paredes”, explica o autarca.

Albertino Silva refere ainda que não é a primeira vez que acontecem descargas neste rio, mas é a primeira de grandes proporções na freguesia nos últimos anos.

“Temo que, se não houver acções de fiscalização no terreno e acções de sensibilização e de recuperação do rio, não vai haver alterações nestes comportamentos incorrectos”, sustenta.

O autarca salienta ainda que querem alargar esta rede de pessoas que pode fazer vigilância e dar o alerta numa tentativa de despoluir o rio e o tornar aprazível para a população.