A Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário (CESPU) apresentou uma nova candidatura à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) para a abertura de um novo Mestrado Integrado em Medicina.
Não é a primeira vez que a CESPU faz esta proposta, mas a A3ES recusou sempre dar luz verde.
Agora, surge nova candidatura para um curso de seis anos (e não de quatro como incluiam as propostas anteriores), ministrado no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, em Gandra, Paredes, seguindo todos os padrões europeus do ensino médico.
Em comunicado, a CESPU afirma que “foi capaz de estruturar uma licenciatura com particularidades relativamente ao ensino praticado em Portugal e que respondem aos desafios da atualidade”.
O plano de estudos dá especial ênfase ao ensino clínico, dispondo a Cooperativa de “maior agilidade na definição do rácio docente/estudante, de 1/1 e de 2/1 durante a prática clínica, o que garante um acompanhamento de grande proximidade a cada aluno em aprendizagem”.
As unidades curriculares em Medicina Geral e Familiar e em Ciências do Comportamento, que se iniciam logo no terceiro ano, “garantem aos estudantes experiência no setor privado, através do grupo Trofa Saúde, e em unidades de cuidados de saúde primários, fruto de um protocolo com a Administração Regional de Saúde do Norte”.
Ao longo do percurso académico, será proporcionado ensino em contexto real de trabalho em 11 hospitais, incluindo os Hospital-Escolar de Vila do Conde, onde existe residência universitária e noutras instituições do Grupo Trofa Saúde, assim como na ULS de Matosinhos, no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, na ULS Nordeste, num total de mais de 2.930 camas para treino médico.
Para além disso, há mais de três dezenas de unidades de cuidados de saúde primários e de medicina comunitária, tanto em contexto urbano como rural.
São ainda propostas unidades autónomas, em linha com as exigências dos dias de hoje, como geriatria, cuidados paliativos continuados, e saúde pública.
O médico e professor catedrático José Manuel Amarante, presidente da Comissão Instaladora do Mestrado Integrado em Medicina, citado na nota de imprensa, defende que o curso de Medicina “será diferente de qualquer uma das atuais ofertas formativas médicas nacionais”.
A instituição, que tem 41 anos de experiência pedagógica, apresenta um grupo de 116 docentes, 103 dos quais doutorados e 74% médicos.
Na nova candidatura já entregue na A3ES, a CESPU alterou no método de seleção dos estudantes, “além dos critérios habituais será solicitada à DGES a introdução de uma entrevista vocacional presencial”.
Já o presidente da CESPU acredita que este Mestrado Integrado em Medicina “é um projeto único em Portugal”, elencando que conta com a colaboração com a Universidade de Barcelona, cotada como a melhor de Espanha e uma das melhores do mundo no ensino desta área.