Paredes, Penafiel e Lousada estão na lista dos 20 concelhos com maior número de incêndios rurais em 2021, diz o 8.º Relatório Provisório de Incêndios Rurais do Instituto a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Este que é o último documento emitido este ano refere-se ao período entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro.
Segundo o relatório, Paredes, que no ano passado era o concelho do país com mais incêndios rurais registados, em 2021 é o terceiro com mais registos. Mas os números são bem diferentes do ano anterior. Teve 131 incêndios rurais que resultaram em 35 hectares de área ardida. Em 2020, tinham sido 475 e 371 hectares de área ardida.
Penafiel e Lousada também estão na lista dos mais afectados. Penafiel é o sexto com mais incêndios em 2021 – 116, tendo resultado em 155 hectares de área ardida. Já Lousada surge no 15.º lugar com 81 incêndios rurais e 63 hectares de área ardida.
Em 2020, Penafiel e Valongo tinham registado 169 incêndios cada, com 113 hectares e 407 hectares de área ardida, respectivamente. Em Lousada tinha havido 149 incêndios que provocaram 61 hectares de área ardida e, em Paços de Ferreira, 121 fogos, com 68 hectares de área ardida.
Paços de Ferreira e Valongo não estão na lista dos concelhos com mais ocorrências em 2021.
O documento mostra que, a nível nacional, foram registados 7.610 incêndios rurais que resultaram em 27118 hectares de área ardida, no período em análise. “Comparando os valores do ano de 2021 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 54% de incêndios rurais e menos 79% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2021 apresenta, até ao dia 15 de Outubro, o valor mais reduzido em número de incêndios e o 2.º valor mais reduzido de área ardida, desde 2011”, lê-se.
Os incêndios com área ardida inferior a um hectare foram os mais frequentes (83 % do total).
Dos 6.438 fogos rurais investigados (85% do número total de incêndios – responsáveis por 96% da área total ardida), foram apuradas causas para 4.327 incêndios (67% dos incêndios investigados). As causas mais frequentes em 2021 foram “o uso negligente do fogo (47%) e o incendiarismo – imputáveis (23%), naquele caso com relevância para as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (20%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (10%) e queimadas para gestão de pasto para gado (14%)”.