O aumento da taxa de gestão de resíduos (TGR), que o Governo passou para o dobro em 2021, não será repercutida na factura do consumidor em Paredes, nem nos outros concelhos que integram a Ambisousa, disse, hoje, o presidente da Câmara de Paredes.
Alexandre Almeida respondia a uma questão colocada pelo PSD em reunião de executivo.
O vereador social-democrata Rui Moutinho aproveitou a primeira reunião de câmara do ano, em formato online devido à pandemia, para perguntar se havia intenção da Câmara de Paredes em subir a taxa de gestão de resíduos que aumenta 100%, de 11 para 22 euros por tonelada. “Vai fazer reflectir o aumento nos utilizadores? E se sim em que percentagem?”, questionou.
O autarca de Paredes explicou que o objectivo do Governo era que esta taxa fosse repercutida nos utilizadores, até para estimular a separação de resíduos, mas que todos os concelhos que integram a Ambisousa já se manifestaram a favor de não o fazer, sobretudo na situação pandémica vivida.
“Não só nós não o vamos fazer como é ideia unânime dos municípios que integram a Ambisousa (Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira e Penafiel) não o fazer. O valor não será repercutido nos munícipes, será a câmara a suportar”, afirmou Alexandre Almeida, não pondo de parte a hipótese de isso acontecer no futuro.
Recorde-se que o Conselho de Ministros aprovou, no ano passado, uma alteração ao regime geral de gestão de resíduos, aumentando o valor da TGR de 11 euros por tonelada, para 22 euros por tonelada, a partir de Janeiro de 2021.
“Este aumento da TGR contribui para desencorajar as opções de deposição final em aterro e incineração de lixo indiferenciado, ao mesmo tempo que incentiva a redução da produção de resíduos e a separação e reciclagem de materiais”, defendia o Governo.