A Antarte “tem que integrar a Rota do Turismo Industrial” em Portugal. A afirmação foi feita pelo presidente do Turismo do Porto e Norte, à margem da cerimónia de inauguração do “Mural de Homenagem ao Marceneiro”, da empresa de mobiliário e decoração de Rebordosa, concelho de Paredes.
Luís Pedro Martins explicou que “34% do turismo internacional” que dá entrada nosso país, vem para o Norte, por isso é imperativo “fazer acontecer” e criar mais espaços de interesse, tal como este, frisou. É verdade que, “a madeira tem muita qualidade na região”, sobretudo em Paredes, e há que fomentar estas sinergias “entre o Turismo e a Cultura”, sublinhou ainda Luís Pedro Martins, dando como exemplo a Antarte que potencia a possibilidade de “deslocalizar os turistas pelo nosso território”.
Foto: Márcia Pimparel Vara
O mural colocado na unidade de Rebordosa pretende ser “uma homenagem aos profissionais do mobiliário”, explicou Mário Rocha, o CEO da empresa, elencando que, antigamente, “o marceneiro fazia tudo”, desde a conceção do mobiliário, execução e montagem.
Mas a Antarte “não é apenas uma marca de mobiliário”, uma vez que, e ao longo do seu percurso, tem tido “uma responsabilidade cultural, ambiental e social”. Refira-se que esta inauguração contou com a presença de grupos de idosos e de jovens, sendo que estes últimos podem interessar-se por este tipo de atividade. É que a Antarte existe “não só para celebrar o passado, mas também o futuro”, prevendo-o, concluiu Mário Rocha.
A cortar a fita a esta obra de arte esteve também Isabel Pires de Lima, presidente da Fundação Serralves, que enfatizou a importância de todos aqueles que “trabalham com as mãos”, acrescentando que a Antarte corporiza uma indústria qualificada”, uma vez que lhe “traz mais pensamento, mais reflexão e mais criatividade”. E só com “conhecimento, inovação e pensamento” é possível evoluir.
“Mural de Homenagem ao Marceneiro” saiu das mãos do artista Carlos Cunha

Chama-se Carlos Cunha, tem 39 anos e é natural de Recarei, Paredes. Foi das mãos deste artista que saiu o “Mural de Homenagem ao Marceneiro” que agora faz parte do património da Antarte. Ao VERDADEIRO OLHAR, confessou que está familiarizado com esta profissão agora eternizada naquele muro, porque o sogro é marceneiro e conhece bem esta arte. Por isso, “não foi nada difícil fazer este trabalho”, explicou.
Carlos Cunha, que já fez outras obras semelhantes na Câmara Municipal de Paredes e na Casa do Futebol Clube do Porto, também faz tatuagens e ilustrações e diz-se muito feliz por ver mais um dos seus trabalhos “perpetuados numa empresa como a Antarte”.