O trabalho da Antarte, empresa de mobiliário e decoração de Rebordosa, em Paredes, vai estar presente na expo Mundial 2025 Osaka, no Japão, ao integrar um projeto com Kengo Kuma, o arquiteto japonês que desenhou o Pavilhão de Portugal da Expo Mundial 2025 Osaka. O evento, que vai decorrer entre 13 de abril e 13 de outubro, é a maior exposição mundial de sempre e conta com a participação de mais de 160 países e de 28 milhões de visitantes, sob o tema “Desenhar as sociedades do futuro para as nossas vidas”. O evento vai acontecer na ilha Yumeshima, uma ilha artificial na baía de Osaka com mais de 155 hectares.

A marca portuguesa materializou mais de 40 peças de mobiliário como os bancos, mesas para o restaurante e cafetaria, assim como os sofás e a mesa onde será colocado o Livro de Honra, no VIP lounge. Os materiais e as técnicas de produção selecionadas “respeitam o saber ancestral da marcenaria portuguesa”, avança a unidade, em comunicado.

A Antarte congratula-se por participar num “projeto de dimensão mundial”, lembrando outros realizados recentemente como a cadeira de descanso do Papa Bento XVI, o cadeirão do Papa Francisco ou a instalação de arte Siza Vieira para o Pavilhão do Vaticano, na Bienal de Veneza de 2023.

A empresa de Rebordosa explica algumas das peças executadas, como a mesa para colocar o livro de honra, composta por “177 peças de madeira de freixo nacional, com diferentes diâmetros e comprimentos, todas elas torneadas manualmente ao longo de mais de 200 horas de trabalho artesanal” e que pesa aproximadamente 100 quilos. Já para os tampos das mesas do restaurante e cafetaria, foram selecionadas folhas de madeira de freixo nacional também utilizadas na estrutura dos sofás. O revestimento é em algodão impermeabilizado. Os bancos para o restaurante e a área de cafetaria são em aglomerado de cortiça nacional, torneado manualmente. Os protótipos das peças já estão expostos no Antarte Center, junto à entrada do Antarte Museum.

O projeto para o Pavilhão de Portugal foi apresentado ontem, no Oceanário de Lisboa e inspirou-se no tema “The Ocean | Blue Dialogue” e na sustentabilidade. A coordenação ficou a cargo da arquiteta portuguesa Rita Topa. Portugal vai investir 21 milhões de euros na participação na Expo 2025,

Mário Rocha, fundador e CEO da Antarte, considera “um privilégio participar num projeto” como este, que é “uma verdadeira montra planetária do estado da arte” e do conhecimento de Portugal.

Depois de trabalhar com os Pritzkers Siza Vieira e Souto Moura, Mário Rocha destaca ainda a “oportunidade de colaborar com Kengo Kuma, um dos maiores vultos da arquitetura mundial e que é também uma referência no uso de materiais sustentáveis e respeito pelo saber e cultura locais em cada obra que assina”.

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