No passado dia 20, as Vilas de Paço de Sousa e de Rio de Moinhos, festejaram o 27.º aniversário de elevação a esse estatuto.

Decorria pois o ano de 1991, quando a Assembleia da República, deliberou atribuir este galardão a estas duas freguesias referenciais do concelho de Penafiel.

Rio de Moinhos, sempre se afirmou ao longo dos anos, como uma freguesia modelo, no que ao movimento empresarial diz respeito, tendo granjeado de um enorme reconhecimento nacional no que à indústria granítica diz respeito.

Esta Vila era e é conhecida de Norte a Sul do País e não só, pela excelência do granito e da pedra oriunda das suas pedreiras.

Muitas pavimentações, praças de importantes cidades nacionais e internacionais, têm o selo da Vila de Rio de Moinhos, o que evidentemente constitui um inegável orgulho e satisfação para os Penafidelenses em geral, e, para os Riodemoinhenses em particular.

Paço de Sousa, é uma Vila com uma incomensurável história, à qual está ligada a fundação da nacionalidade, honrando a memória do 1º Aio de D. Afonso Henriques, Egas Moniz, albergando igualmente a obra do Padre Américo, a célebre Casa da Companhia, assim denominada pois pertencia aos Monges Beneditinos, sendo também uma das casas mãe dos Jesuítas em Portugal, ostentando o imponente e milenar Mosteiro do Salvador, que é uma das joias da coroa da Rota do Românico.

Naquele tempo, ostentar o galardão e Vila não era tarefa fácil, pois os requisitos para esta deferência eram estreitos, e tinham que ser rigorosa e escrupulosamente cumpridos.

Se hoje em dia, é vulgar algumas freguesias ostentarem este galardão, banalizando-se até do meu ponto de vista essa distinção, naquela altura só com padrões de desenvolvimento e reconhecimento das diversas associações era possível figurar no leque restrito de Vilas.

Evidentemente que, o estatuto de Vila, permite por parte dos diferentes poderes um maior reconhecimento e apoio, tendo da mesma forma os seus autarcas, uma capacidade reivindicativa maior junto dos órgãos decisórios.

No dia 24, tomei parte com muito gosto das cerimónias da elevação a Vila da terra que viu nascer, Paço de Sousa, e onde aliás, desempenhei funções autárquicas durante 8 anos.

As cerimónias simples e singelas, por vezes são as melhores, sendo de registar com agrado, a visita que fizemos às futuras instalações do novo Posto da GNR.

É justo fazermos a história dos factos, e acima de tudo, constatar hoje com alegria que valeu a pena a luta que travamos durante vários anos, nomeadamente desde 2007, quando o Comando Metropolitano e o Destacamento Territorial da GNR de Penafiel propuseram à tutela o encerramento do nosso posto.

Nessa altura, travamos uma luta estoica, “contra tudo e contra todos”, e vencemos essa luta, pois impedimos que aquela importante valência encerrasse.

Enquanto Presidente da Assembleia de Freguesia naquele momento, senti o pulsar e o espírito combativo dos nossos concidadãos, que não baixaram os braços, ao descortinarem que podíamos perder algo que era nosso, e felizmente a tutela reverteu a proposta inicial de encerramento e o posto não encerrou.

Uma palavra de reconhecimento a todos os autarcas da altura e aos que se lhes seguiram nessa luta que se manteve actual até ao início da obra no ano passado.

É da mais elementar justiça reconhecer publicamente o importante trabalho levado a cabo neste domínio pelos ex Presidentes de Junta Manuel Ferreira e Arlindo Sousa, que nunca  baixaram os braços tendo conseguido lançar esta obra, cabendo aos actuais autarcas em funções dar a natural continuidade.

Parabéns Paço de Sousa!

Parabéns Rio de Moinhos!