A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Vallis Longus entregou, esta terça-feira, uma carta ao ministro da Educação pedindo a requalificação urgente do estabelecimento escolar.
Na missiva entregue a Tiago Brandão Rodrigues, durante a visita do governante ao concelho, o presidente da direcção da associação de pais, Marco Marinho, salienta que as obras são necessárias há muito mas que a escola não foi contemplada no mapeamento da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares – DGESTE, embora tivesse sido indicada como escola de intervenção prioritária.
“A verdade é que nada foi feito, o que nos deixa com um sentimento de revolta, pois sentimo-nos totalmente esquecidos, senão mesmo ignorados, pelo Ministério da Educação”, refere o documento, salientando a preocupação de pais, professores, funcionários, direcção da escola e alunos face aos condicionalismos que vivem diariamente.
“Constatamos que o problema é ignorado, insistindo o seu ministério, de forma injusta, na desigualdade de oportunidades que confere às crianças do ensino obrigatório e negligente quanto aos elementares requisitos de segurança e pedagógicos”, escrevem os pais.
O presidente da associação deixou ainda um desafio a Tiago Brandão Rodrigues para que visite a Escola Básica Vallis Longus e constate “os problemas de funcionamento graves e que precisam de intervenção urgente, sem falta, antes da abertura do próximo ano lectivo”.
Marco Marinho lembra ainda que foram recentemente aprovados, na Assembleia da República, cinco projectos de resolução com a recomendação ao Governo da requalificação urgente desta escola.
Aos jornalistas, o presidente da Câmara Municipal de Valongo salientou que a escola não foi colocada no mapeamento da DGESTE, mas garantiu que o município está a tentar arranjar soluções. “A câmara tomou a decisão de gastar 100 mil euros, sem financiamento, para fazer um projecto para aquela escola. Para podermos ter a capacidade de diálogo com o Governo, dizendo que tipo de intervenção é necessária”, disse José Manuel Ribeiro.
Recorde-se que na Escola Básica Vallis Longus a sobrelotação obriga todos os espaços a tornarem-se salas de aula, inclusive a cantina, as salas não têm aquecimento e a degradação de todo o espaço, sem qualquer obra de fundo ao longo de mais de 30 anos, é evidente.
No total são afectados mais de 2.300 alunos a que se somam centenas de professores e auxiliares.
Esta terça-feira, também a Associação de Pais da Escola Secundária de Ermesinde entregou uma carta ao ministro da Educação apelando a mais investimento no estabelecimento de ensino.