O director da EB 2,3 de Cristelo, em Paredes, afirmou compreender a posição dos formandos dos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) que frequentam aquele estabelecimento de ensino de ensino quanto aos atrasos no pagamento de bolsas, mas salientou que o mesmo depende da candidatura financeira submetida ao Programa Operacional Capital Humano (POCH), que não foi ainda aprovada.
“A candidatura pedagógica já foi aprovada, mas a financeira não. Trata-se de uma situação a que a escola é alheia e que não tem nada a ver, nesta fase, com o Ministério da Educação”, frisou Mário Rocha ao Verdadeiro Olhar, salientando que a escola já informou o POCH e inclusive os próprios formandos das diligências efectuadas no sentido de agilizar, o quanto antes, a situação e desbloquear um problema que se arrasta desde Setembro de 2017.
Recorde-se que há dezenas de formandos desses cursos sem receber as respectivas bolsas de formação e ainda os subsídios de transporte e alimentação. Alguns já tiveram que deixar de ir às aulas por falta de dinheiro.
“é verdade que alguns formandos deixaram de frequentar os cursos e desistiram”
Ao nosso jornal, responsável pela EB2,3 de Cristelo avançou que nem a escola nem o Ministério da Educação têm as verbas e os montantes para liquidar as respectivas bolsas, que serão pagas assim que o POCH desbloqueie financeiramente esta situação.
Mário Rocha atestou, ainda, que os responsáveis pelo POCH já garantiram que a verba vai ser em breve desbloqueada. “Compreendemos a preocupação dos alunos, é verdade que alguns formandos deixaram de frequentar os cursos e desistiram, uma situação que nos preocupa evidentemente, mas temos a garantia que a candidatura financeira vai ser aprovada. Não sou eu que decido. São as entidades do POCH que decidem”, salientou, realçando que foi a própria escola que procedeu, a expensas suas, ao pagamento dos subsídios de transporte e alimentação referentes aos meses de Setembro e Outubro do ano transacto.
Refira-se que os formandos em causa que frequentam os cursos EFA da EB de Cristelo, sendo que mais de 90% depende do Rendimento Social de Inserção (RSI) e, segundos os próprios, não receberam, até à data os valores da bolsa, subsídio de alimentação e subsídio de transporte.
O Verdadeiro Olhar tentou ouvir o responsável pelo POCH mas ainda não foi dada qualquer resposta sobre esta situação.