O concelho de Paços de Ferreira assinala, a 6 de Novembro, o 182.º aniversário da sua criação. À semelhança do que já tem acontecido nos últimos anos, a data será aproveitada para “homenagear pessoas e instituições que tenham prestado ao município serviços considerados relevantes e excepcionais, designadamente de que resulte maior renome para o concelho, maior benefício colectivo ou honra especial, ou que tenham conquistado a mais alta admiração e estima de todos os pacenses”, refere a proposta que foi aprovada, por unanimidade, esta quinta-feira, em reunião de executivo.
Albino António Carneiro de Andrade, gestor bancário e Armando Coelho Ferreira da Silva, professor catedrático, vão receber a Medalha Municipal de Honra. Já o gastrónomo e embaixador do Capão à Freamunde, Fernando Gil Pires de Melo; o grupo coral Orfeão de Eiriz; o músico e maestro do Orfeão de Eiriz, Reinaldo da Silva Campos; e o empresário e presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira, Zeferino Júlio de Matos Barbosa, vão receber a Medalha Municipal de Altruísmo e Mérito.
Conheça os homenageados
Albino António Carneiro de Andrade
Tem 54 anos e é natural da Casa de Repezes, Penamaior (Paços de Ferreira). A nível académico, licenciou-se em Economia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto onde fez uma pós-graduação em Análise Económica Financeira. Fez dois MBA, em Paris e Madrid e participou num programa avançado de gestão de empresas da Católica Business School, entre outros. A nível profissional, foi vice-presidente do Banque BCP France, director geral/coordenador do Millennium BCP Região Norte, director coordenador Residentes Exterior, director coordenador da Direcção de Gestão de Segmentos e director regional Millennium BCP.
Armando Coelho Ferreira da Silva
Tem 75 anos, é natural de Sanfins de Ferreira e é professor catedrático jubilado do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e investigador do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Fundação para a Ciência e Tecnologia.
O arqueólogo e professor universitário, com principal área científica de docência e investigação relacionada com a proto-história e a romanização, em particular da cultura castreja do noroeste peninsular, e com temas de museologia e património, dirige o Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, desde 1982, e o Centro de Arqueologia Castreja e Estudos Célticos, em Paços de Ferreira.
Dirigiu inúmeras campanhas de escavações arqueológicas em sítios pré-históricos, proto-históricos e romanos, em especial na Citânia de Sanfins, com direcção da primeira campanha em 1968. É autor de extensa bibliografia especializada, publicada em Portugal e no estrangeiro. Já recebeu a medalha de ouro da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a medalha de mérito científico e cultural, classe ouro, da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e foi galardoado pela Associação dos Amigos da Cultura Celta (Casa da Galiza, Madrid).
Fernando Gil Pires de Melo
O gastrónomo e embaixador do Capão à Freamunde tem 53 anos e é natural de Paranhos, no Porto. Formou-se em Engenharia Física Tecnológica, seguindo depois a via da investigação, e, no decurso do seu doutoramento, ingressou no grupo europeu de raciocínio espácio-temporal, especializando-se em métodos formais. Na Universidade Autónoma de Lisboa “Luís de Camões” foi regente das cadeiras de Computação Gráfica, Redes de Computadores e Sistemas Operativos.
Pelo caminho ligou-se ao jornalismo e estagiou nos jornais O Independente e Semanário, escrevendo sobre ciência, informática e tecnologia. Em 1993, assumiu funções de editor na revista Exame.
O seu gosto particular pelas áreas de vinhos e gastronomia levou-o a procurar formação nessas áreas, iniciando um périplo internacional que foi associando à sua vida científica, até que assumiu em 1995 definitivamente a actividade de crítico de vinhos e comida.
Escreve actualmente na revista Evasões, Diário de Notícias, revista vinho Grandes Escolhas, ao mesmo tempo que se dedica à investigação de temas como é o caso do Capão de Freamunde, História da Alimentação, Pastel de Nata e outros. Também desenvolve actividade na área do ensino nas escolas superiores de hotelaria e turismo de Portalegre, Lisboa e Setúbal.
Orfeão de Eiriz
Criado em 1987, o Orfeão de Eiriz está sediado na Freguesia de Eiriz, Paços de Ferreira, outrora conhecida como a “Aldeia da Música”. Um ano mais tarde fez a sua primeira gravação em estúdio e cedo começou a receber convites para actuações.
O grupo já actuou um pouco por todo o país e possui um variado reportório do qual faz parte quer música litúrgica, quer música profana. Em 1997 integrou uma série de gravações que deram origem a um CD lançado pela editora Public-art, intitulado de “Os Melhores Coros da Região Norte”. Contam com sede própria desde 2001. Um dos objectivos do grupo é o intercâmbio com outros grupos que têm o mesmo propósito.
Reinaldo da Silva Campos
Tem 75 anos e é natural de Carvalhosa mas vive em Eiriz desde os quatro anos. Foi aí que estudou, cresceu, construí a sua habitação e constitui família. Desde muito cedo apaixonou-se pela música. Iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos com o Professor Albano Neto. Aos 11 anos entrou como executante na Banda Marcial de Paços de Ferreira, onde permaneceu durante vários anos, tocando “Cornetim”. Além da sua participação em filarmonias, aproveitou a sua passagem pela instituição militar onde, além de músico, concluiu os cursos de harmonia, de instrumentação, de acústica, de direção de bandas, de técnica vocal e de direção de coros. Como executante domina os seguintes instrumentos musicais: o fliscorne, o cornetim, o trompete e o eufónio.
Possui carteira profissional de trompete, com averbamento de regente de bandas e coros. Fez harmonizações musicais para coros, tais como: “Ó Minha Rosinha”, “Ó Senhora Ana”, “Negro Melro”, “Hino de Eiriz”. Foi professor de música em vários agrupamentos do 1.º ciclo. É regente do Orfeão de Eiriz desde a sua fundação, em 1987, e maestro do Coro Litúrgico da Paróquia de Eiriz.
Zeferino Júlio de Matos Barbosa
Tem 64 anos e é natural de Penamaior, mas reside em Carvalhosa. É sócio-gerente de uma das mais conceituadas empresas de contabilidade, a Agência Continental, onde começou como funcionário.
Fundada no final da década de 60, a empresa começou com apenas quatro pessoas nos seus quadros e ajudou muitas das empresas do concelho.
Actualmente Zeferino Barbosa, em conjunto com a sua esposa Teresa Barbosa, são os gerentes de um grupo de empresas, onde se destacam também, para além da Agência Continental, a Zeferino Barbosa – Mediação de Seguros; a Asobrab – Mediação de Seguros; a Arquipaços e a Sasobrab. Tem ao seu serviço 73 colaboradores, divididos em quatro escritórios, que fazem do Agência Continental um grupo credível, justifica o município. Partilha ainda a sua actividade profissional com a presidência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira, cargo que exerce 2012.
