Óscar Felgueiras, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que abordou, esta manhã, a situação epidemiológica na Administração Regional de Saúde do Norte na reunião do Infarmed, diz que houve “um abrandamento de crescimento generalizado”, com uma descida em todos os distritos do Norte, até ao dia 30 de Novembro.
A zona do Vale do Sousa Norte, que abrange Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, “o conjunto de concelhos onde foram implementadas as primeiras medidas, a 23 de Outubro”, está “francamente melhor”, sendo a “tendência de descida acentuada”, afirmou o especialista.
Óscar Felgueiras recordou a evolução nestes concelhos, lembrando que a 22 de Outubro, quando foram tomadas medidas, esta região estava com uma incidência de 1784 casos por 100 mil habitantes. Esse número aumentou para 2734 e atingiu o pico de 3419 casos por 100 mil habitantes. “Atingiu o pico a 4 de Novembro e começou a trajectória de descida”, referiu, passando no dia 12 para os 3214 casos, no dia 19 para os 2543 e no dia 28 para os 1539. “Finalmente se atingiu o patamar de início. Demorou cerca de um mês e uma semana a fazer-se este regresso ao patamar de incidência”, explicou.
Numa abordagem por concelho, Paços de Ferreira e Lousada tinham incidência superior à média do conjunto dos três concelhos. “O concelho com incidência mais alta foi Paços de Ferreira que atingiu o pico a 3 de Novembro. Lousada, concelho vizinho, acompanhou esta subida e registou pico a 6 de Novembro. Felgueiras só a 16 de Novembro, quase uma semana e meia depois dos outros”, disse Óscar Felgueiras.
Isso levou-o a uma análise em que concluiu que “deve ser reconhecido como factor de risco a vizinhança com um concelho com maior incidência”.