Valongo surge em contraciclo – Miguel Santos obtém o pior resultado de sempre do PSD à Câmara Municipal de Valongo (perdendo 16,5% dos votos de Luís Ramalho), não atingindo os 10.000 votos, nem os 25% de fatia eleitoral. Todos os candidatos às Juntas obtiveram melhor votação do que Miguel Santos – Diogo Pastor mais 817 votos, Rui Marques mais 658 votos, Sérgio Pinto mais 431 e Hugo Peixoto mais 358 votos, num total de 2264 votos a mais do que Miguel Santos.
Com um resultado que evoluiu positivamente para o PSD quer ao nível nacional, quer ao nível distrital, Valongo surge em contraciclo. Os resultados foram desastrosos – em particular, na eleição para a Câmara Municipal: pela primeira vez, o PSD desceu da fasquia dos 25% e dos 10.000 votos.
Há notas positivas a retirar das eleições para o PSD. Em particular, no que concerne às candidaturas às Assembleias de Freguesia. Em Campo-Sobrado, Diogo Pastor conseguiu mais de 400 votos a mais do que o PSD havia conseguido em 2017 e atingiu perto de 40% da votação, retirando a maioria absoluta ao PS e ficando a 83 votos da vitória. Em Valongo, Rui Marques consegue uma evolução notável, recuperando mais de 400 votos e mais de 5% do eleitorado, conseguindo mais um eleito. Ao nível das freguesias, a evolução só não foi positiva na freguesia de Ermesinde. Em Alfena, onde o PSD não apresentou candidatura em 2017, não é possível fazer a comparação, mas Sérgio Pinto conseguiu superar a barreira dos 30% de votação.
As notas positivas não se estendem, contudo, às candidaturas municipais. Miguel Santos obtém o pior resultado de sempre do PSD à Câmara Municipal de Valongo, não atingindo os 10.000 votos, nem os 25% de fatia eleitoral. A votação da candidatura à Câmara ficou aquém das candidaturas às Assembleias de Freguesia, em todas as freguesias: Diogo Pastor obteve mais 817 votos do que Miguel Santos em Campo-Sobrado, Rui Marques obteve mais 658 votos em Valongo, Sérgio Sousa mais 431 em Alfena e Hugo Peixoto obteve mais 358 votos do que Miguel Santos obteve em Ermesinde. Isto significa que os candidatos às Juntas obtiveram mais 2264 votos do que o candidato à Câmara Municipal.
Comparando com o candidato Luís Ramalho, em 2017, Miguel Santos obteve menos quase 2000 votos. Com o partido pacificado e com toda a liberdade para definir listas e estratégia eleitoral, e na derradeira eleição de José Manuel Ribeiro, era expectável que o PSD melhorasse o seu resultado face há quatro anos. Efetivamente, o PS perdeu bastante eleitorado, mas o PSD não foi capaz de surgir como alternativa, tendo tido uma quebra de mais de 16,5% face aos votos obtidos há quatro anos! Face aos resultados, bem como à mobilização que as eleições envolveram, que culminou com uma alegada falta de delegados nas mesas eleitorais, certamente que os responsáveis locais irão promover a reflexão que se exige, de resto, à imagem do que o PSD nacional já anunciou, com a realização do Conselho Nacional.
Tendo apresentado, em janeiro, a minha indisponibilidade para ser recandidato a um lugar autárquico nestas eleições, deixo o lugar de membro da Assembleia Municipal ao fim de 16 anos. Da mesma forma que, não sendo candidato, participei na campanha eleitoral, apoiando os nossos candidatos; irei continuar a ter um papel cívico ativo, mesmo não sendo eleito autárquico. Este papel deixará de ser desempenhado nestas páginas, uma vez que o convite me foi formulado enquanto membro da Assembleia Municipal. Deixando de desempenhar tal função, só fará sentido dar a oportunidade a que um eleito passe a utilizar este espaço.
Obrigado e até breve!