Ter o Douro como pano de fundo é sinónimo de uma beleza ímpar do território, mas é também garantia de um potencial de desenvolvimento local que merece ser rentabilizado, contribuindo para que os municípios e a região que são atravessados por este rio possam crescer em conjunto.
A mais-valia da Via Navegável do Douro transporta-nos para a aposta nas infraestruturas e nas condições de navegabilidade, como forma de conciliar e exponenciar a atividade turística e de mercadorias, fomentando o crescimento dos diversos setores económicos locais e regionais.
Importa, por um lado, conjuntamente com os municípios, criar estratégias de captação dos mais de 1 milhão de turistas que sobem e descem o Douro, como é exemplo o recente projeto da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, de requalificação urbanística do parque da praia fluvial de Bitetos, bem como a reabilitação dos cais da Ermida e da Pala, no município de Baião, que demonstram que é possível criar sinergias para despertar a atenção destes visitantes nacionais e estrangeiros e estimular o seu consumo nestes locais e nas proximidades.
Por outro lado, é relevante olhar para a capacidade que esta via navegável pode oferecer ao tecido empresarial e industrial, propiciando a resposta à procura de transporte de mercadorias por via fluvial, como a do minério de Moncorvo, o que se traduzirá na aproximação às principais cadeias logísticas, no aumento da competitividade e na concretização da sustentabilidade ambiental junto das populações.
A APDL, entidade responsável pela Via Navegável do Douro, tem procurado concentrar os seus esforços na dinamização deste canal, procedendo a um conjunto de investimentos que já se refletem na melhoria da segurança e comunicação, na eficácia da monitorização por recurso à tecnologia e na maior funcionalidade das infraestruturas de apoio à navegação.
Estas valências complementam-se com a disponibilização de uma das mais importantes intervenções na via navegável, que possibilita a navegabilidade em período noturno na quase totalidade do curso, que conjuntamente com o projeto de modernização das eclusas e o plano de aumento da capacidade para atracagem de navios, redimensionará o impacto do Douro no país, articulando toda a região norte, do litoral ao interior.
Este plano estratégico da Administração Portuária, reforçado pela cooperação que se vai estreitando com os agentes locais, resultará em novas oportunidades para a retoma que tanto ansiamos, na certeza de que o Douro estará sempre lado a lado com a sua comunidade.