Portugal, foi desde sempre um país onde a emigração fez parte da nossa identidade enquanto estado e nação.
Por razões diversas, ao longo de várias décadas, os portugueses aventuraram-se por esse mundo fora em busca de melhor qualidade de vida e de novos desafios.
Porém, o conceito de emigração, foi mudando ao longo dos anos, sendo que hoje falamos numa emigração qualificada de jovens quadros, que, alguns ainda por necessidade, outros em busca de novas oportunidades e horizontes vão ao encontro de novas paragens.
Portugal, um país à beira mar plantado, como vulgarmente muitos apelidam, conseguiu granjear pelo mundo, um enorme prestigio e reconhecimento através dos nossos compatriotas que nos representam nos quatro cantos do globo.
A ideia tradicional e deveras conservadora de se rotularem negativamente aqueles cidadãos que se viram compelidos a escolher novas paragens para trabalharem e / ou viverem, mudou radicalmente, sendo hoje motivo de alegria e satisfação encontrarmos a diáspora portuguesa bem integrada e socialmente reconhecida.
Paralelamente a esta circunstância, assistimos a um movimento de regresso de milhares de portugueses, que após anos a fio fora do país, escolhem o concelho e freguesia de origem para aí se radicarem e gozarem os anos de descanso.
Cabe pois ao Estado, permitir que esses nossos compatriotas, encontrem no país de origem, as melhores e mais eficientes condições para não só viverem mas, e essencialmente deixarem valor acrescentado.
É este um dos papéis que os Gabinetes de Apoio ao Emigrante, em conjugação com o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora têm, sendo uma alavanca fundamental para se atingir esse objectivo.
São milhares os portugueses que regressam ao país de origem, bem como os que escolhem as suas terras, para viverem e investirem parte das poupanças que amealharam com suor e sacrifício por esse mundo fora.
Os relatos que vamos assistindo, enchem-nos de orgulho, e cabe também aos decisores políticos locais, terem essa visão e sensibilidade por forma a que consigamos adquirir e implementar no terreno, o know how desses nossos concidadãos.
Isto que acabo de mencionar, é facilmente perceptível e visível, aquando dos encontros dos nossos investidores da diáspora.
Neste fim-de-semana, este encontro decorreu nos Açores, onde mais de 100 empresários de 11 países conheceram as potencialidades de investimento nos Açores e para alguns este encontro já deu frutos.
Penafiel, vai acolher no final deste ano, mais precisamente entre os dias 13 a 16 de dezembro, o Encontro Anual dos Investidores da Diáspora, num evento que não tenho dúvidas será de importância vital para a região em geral, e para Penafiel em particular.
Penafiel terá e será uma montra nacional e internacional, que deverá ser aproveitada por todos aqueles que estarão envolvidos nesta grandiosa jornada.
Confesso, que a escolha de Penafiel a todos nos enche de orgulho, sendo também o reconhecimento e corolário da centralidade que desde sempre tivemos na Região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, e um hino aos milhares de Penafidelenses, que representam com muita mestria e dignidade a nossa diáspora no mundo.
Num mundo cada vez mais competitivo e globalizado, tudo o que possamos fazer para alavancar a nossa imagem além-fronteiras é, não só positivo, como desejável.
Há oportunidades que passam pelos concelhos uma vez.
Não digo que esta será a única, mas com toda a certeza, será uma grande e decisiva oportunidade para Penafiel se afirmar como referencial no que aos Investidores da Diáspora diz respeito, podendo captar e capitalizar grandes investimentos, que criem novas sinergias, postos de trabalho, em suma, que deixe um enorme valor acrescentado ao nosso concelho é este o desejo de todos, que de boa fé, querem o desenvolvimento sustentado e permanente da nossa terra e região.
Que assim seja!!