Há pouco mais de um ano, neste mesmo espaço, escrevi sobre a saída de Rosário Machado da direção da Rota do Românico, questionando o impacto dessa ausência e o vazio de liderança que se instalava numa instituição que, sob sua direção, se tornou uma referência nacional e internacional. Não era apenas a saída de uma diretora, era a perda de uma visão, de um trabalho consolidado e de um dinamismo que ajudou a transformar um projeto turístico e cultural numa marca de excelência para o Vale do Sousa e do Tâmega.
Durante este período, a Rota do Românico continuou a existir, naturalmente, mas perdeu fôlego, estratégia e presença. Faltou-lhe o pulso firme e o rumo definido que Rosário Machado lhe tinha conferido ao longo dos anos. Foi ela que, desde a sua génese, construiu e projetou a Rota do Românico para além das fronteiras da região, tornando-a num caso raro de sucesso no turismo cultural português. A sua liderança foi premiada, distinguida e reconhecida – incluindo aqui, no VERDADEIRO OLHAR, onde a destacámos como Personalidade do Ano em 2018.
Agora, Rosário Machado está de volta. E isso, convenhamos, é uma excelente notícia para a Rota do Românico e para os municípios que dela fazem parte. O seu regresso representa uma nova oportunidade para recuperar o dinamismo perdido, para reencontrar a estratégia e para devolver à Rota do Românico o protagonismo que conquistou durante mais de uma década.
O tempo dirá como será este novo capítulo, mas a verdade é que a sua experiência, conhecimento e capacidade de liderança são ativos que não podem ser desperdiçados. Para a região, é um regresso que inspira confiança e renova a esperança num projeto que precisa de continuidade, mas também de inovação e crescimento.
Rosário Machado regressa à casa que ajudou a construir. E, para a Rota do Românico, dificilmente poderia haver melhor notícia.