O Outro Lado do Ano que Passou

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Se há duas semanas apresentámos as figuras e os acontecimentos que marcaram 2024 pela positiva, é agora tempo de fazer aquilo que muitos evitam: dar destaque ao que correu mal, ao que nos envergonhou enquanto região, às decisões que prejudicaram comunidades inteiras e às oportunidades desperdiçadas.

Não temos qualquer prazer em destacar o que de pior aconteceu no último ano. Mas acreditamos que é um dever. A história constrói-se tanto pelos bons exemplos como pelos maus. Se enaltecemos os que contribuíram para o desenvolvimento da região, também temos a obrigação de expor aquilo que, no nosso entender, foi negativo. Porque um jornal não existe apenas para aplaudir e dar boas notícias. Existe para informar, para questionar, para expor realidades que, de outra forma, poderiam ser varridas para debaixo do tapete.

Há quem goste de listas bonitas e de balanços cor-de-rosa. Mas a realidade não se compadece com romantismos. Se há projetos que avançam, há outros que se eternizam em promessas. Se há líderes que constroem, há outros que preferem alimentar guerras políticas. Se há decisões que beneficiam os cidadãos, há outras que só servem interesses pessoais ou estratégicos.

Não esperamos que todos concordem com as nossas escolhas. Aliás, é bem provável que haja quem critique e questione esta análise. Mas este é o nosso olhar sobre o ano que passou.

Porque os problemas só se resolvem quando são expostos. Porque as más decisões só são corrigidas quando são denunciadas. Porque o jornalismo não existe para agradar, mas para incomodar quando necessário.

O que passou, passou. Mas cabe-nos, enquanto comunidade, garantir que os erros não se repetem.

E nós, como sempre, estaremos aqui para contar a história.

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