Nuno Araújo, presidente da distrital do PS do Porto, criticou a decisão do Governo de afastar as administrações da ULS do Tâmega e Sousa, assim como a de Gaia/Espinho.
Para o penafidelense, esta é uma decisão que se questiona, sobretudo “pela falta de transparência e pelo impacto negativo na estabilidade da gestão hospitalar”. Para além disso, e em nota enviada aos jornalistas, Nuno Araújo apelida a decisão de grave, até porque há um custo “elevadíssimo em indemnizações devido à interrupção antecipada dos contratos”, ou seja, estes afastamentos implicam o pagamento de indemnizações que “podem atingir centenas de milhares de euros, um custo suportado pelos cidadãos e totalmente desnecessário, dado que os administradores nomeados tinham contratos válidos”. Nuno Araújo também critica o facto de estarem a ser nomeados autarcas que estavam impedidos de se recandidatarem devido à limitação de mandatos, elencando que a saúde pública “está a ser utilizada para acomodar quadros partidários sem função política disponível, quando a escolha de dirigentes deve ser baseada na competência técnica e não na necessidade de reciclagem de quadros”.
A distrital sublinha ainda que “este tipo de gestão irresponsável dos recursos públicos levanta sérias questões sobre a eficiência e o planeamento do Governo”.
José Luís Gaspar, atual presidente da Câmara Municipal de Amarante, foi designado pelo Governo para presidir ao conselho de administração da ULS do Tâmega e Sousa, tendo saido Henrique Capelas. Fazem parte da nova equipa Carmen Filipa Ribeiro Dias Carneiro, Sónia Manuela Rodrigues Moreira, Jorge Luciano Leite Monteiro, Valentina Alexandra Maia Borges e Pedro Dinis Silva Mendes. O mandato é de três anos.
A ULS do Tâmega e Sousa, com sede em Penafiel, compreende o território de 11 concelhos, correspondendo a cerca de 500 mil habitantes, gerindo as unidades hospitalares de Penafiel e Amarante.