Depois de Alexandre Alves ter assumido o comando da corporação dos Bombeiros Voluntários de Penafiel, no ano passado, e de ter sido empossado José Silva, como segundo comandante, juntam-se agora à equipa de comando André Rocha e Hélder Pinto.

Os novos adjuntos tomaram posse, este fim-de-semana, numa cerimónia realizada em Abragão, onde a corporação tem uma secção.

André Rocha e Hélder Pinto passaram, segundo a associação humanitária, por “um longo processo de formação na Escola Nacional de Bombeiros e competente homologação pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil” e “transitam da carreira de Bombeiros de 1.ª Classe para as novas funções no Comando do Corpo de Bombeiros de Penafiel”.

São ambos bombeiros há vários anos, um profissionalmente e um como voluntário, e assumem que estes novos cargos trazem uma responsabilidade acrescida.

André Rocha tem 32 anos e é de Penafiel. Entrou nos Bombeiros em 2002. “O meu pai era cá bombeiro voluntário e tinha aquele bichinho. Andei na Fanfarra desde os sete anos e aos 14 ingressei nos bombeiros”, conta o novo adjunto de comando. Fez a carreira normal até bombeiro de 1.ª até assumir agora estas funções. É coordenador de serviço e funcionário da corporação.

“Este é um novo desafio que tenho pela frente. O papel de adjunto traz mais responsabilidades”, admite, dizendo que não estava à espera de ser escolhido. “Quero ajudar os bombeiros no que precisarem. Estas funções são passageiras. Sou acima de tudo bombeiro”, salienta André Rocha, que faz de tudo um pouco, desde a emergência pré-hospitalar ao combate de fogos urbanos e rurais.

Já Hélder Pinto, de 33 anos, natural de Abragão, chegou à corporação em 2004, pela influência dos irmãos, também soldados da paz. “O facto de ter a secção próxima de casa também despertou o interesse pelos bombeiros”, refere. Foi estagiário e fez a escola de bombeiros, assim como vários cursos e formações e foi progredindo até bombeiro de primeira. É voluntário nos Bombeiros de Penafiel, sendo profissionalmente técnico de emergência pré-hospitalar do INEM, desde 2010, exercendo funções no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (vulgo CODU), tripulando ambulâncias de emergência médica, de suporte imediato de vida e fazendo equipa com os psicólogos do INEM. A par disso é formador do INEM e da Escola Nacional de Bombeiros.

A agenda, não esconde Hélder Pinto, é complicada de gerir. Mas nunca deixou de fazer voluntariado na corporação. Ser bombeiro traz-lhe a satisfação, que transpôs depois para a carreira no INEM, de poder ajudar alguém. Quando foi convidado no ano passado para ser adjunto de comando não aceitou logo e reflectiu, mas foi incentivado pela esposa. “Nunca foi meu interesse chegar a este patamar. Queria progredir na carreira de bombeiro e chegar a chefe, que era topo de carreira”, confessa. Mas aceitou. “Estas novas funções são um desafio e trazem sem dúvida mais responsabilidade. Temos um corpo activo que confia no comando para os levar aos melhores destinos”, justifica o novo adjunto de comando.

Além da tomada de posse dos novos elementos, a cerimónia de domingo contou com uma visita às instalações da Secção de Abragão, que sofreram recentemente intervenção com vista a proporcionar uma maior operacionalidade desta extensão do quartel sede e proporcionar um maior conforto aos bombeiros.