Nove vítimas mortais nas estradas do Vale do Sousa em 2020

Mostra relatório da sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Mortes aconteceram em Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira e Paredes

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Em 2020, morreram nas estradas dos concelhos do Vale do Sousa nove pessoas vítimas de acidentes de viação. Os dados constam do relatório anual da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) divulgados ontem.

O concelho com mais mortes registadas é Lousada, tendo resultado de duas colisões e dois despistes. Em Felgueiras houve três vítimas mortais, duas por atropelamento. Faleceram ainda mais duas pessoas por acidentes acontecidos em Gandra, Paredes, e em Carvalhosa, Paços de Ferreira. O documento, que elenca os sinistros com vítimas mortais não dá conta de nenhuma morte em Castelo de Paiva e Penafiel. Estes números já constavam do relatório provisório.

Olhando ao distrito do Porto, os números da ANSR mostram que houve, no ano passado, 4.692 acidentes de viação, uma quebra de 25% face ao ano anterior. Desses resultaram 47 vítimas mortais (-19%), 169 feridos graves (-25%) e 5.557 feridos ligeiros (-28%).

O documento não indica dados sobre feridos graves e ligeiros a nível concelhio.

Menos acidentes, menos vítimas mortais e menos feridos

O relatório de sinistralidade a 24 horas e fiscalização rodoviária da ANSR, onde se apresentam as estatísticas relativas à sinistralidade e fiscalização rodoviária registadas entre Janeiro e Dezembro de 2020, revela que, no ano passado, registaram-se 26.501 acidentes com vítimas no Continente, dos quais resultaram 390 vítimas mortais ocorridas no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde, 1.829 feridos graves e 30.706 feridos leves.

“Em termos globais, comparativamente com 2019, no ano de 2020 observou-se uma melhoria nos principais indicadores de sinistralidade no Continente: menos 9.203 acidentes (-25,8%), menos 84 vítimas mortais (-17,7%), menos 472 feridos graves (-20,5%) e menos 12.496 feridos leves (-28,9%)”, diz a entidade.

“No ano de 2020 a sinistralidade rodoviária, como muitos outros fenómenos da sociedade, foi fortemente condicionada em Portugal, na Europa e no Mundo, pelas alterações verificadas na mobilidade, e consequentemente na exposição ao risco de acidente e no comportamento dos utentes das vias, em resultado das medidas de confinamento tomadas para conter a pandemia do SARS Cov-2”, justifica o relatório.

A colisão foi a natureza de acidente mais frequente (51,1% dos acidentes, 43,6% dos feridos graves e 55,8% dos feridos leves), apesar do maior número de vítimas mortais ter resultado de despistes (45,9%). A maioria dos acidentes, bem como dos feridos, ocorreram em arruamentos – 62,6% dos acidentes, 43,2% dos feridos graves e 60,6% dos feridos leves -, mas o maior número de vítimas mortais ocorreu em estradas nacionais (34,6%).

Em termos distritais, houve “uma diminuição do número de acidentes com vítimas em todos os distritos, comparativamente ao ano de 2019”.

“69,7% do total de vítimas mortais eram condutores, 14,6% passageiros e 15,6% peões”, discrimina ainda o documento. E mais de metade (54,4%) das vítimas mortais registou-se na rede rodoviária sob responsabilidade de quatro gestores de infrae-struturas: da Infra-estruturas de Portugal (42,1%), da Brisa (6,2%), da Ascendi (3,1%) e da Câmara Municipal de Lisboa (3,1%).