Humberto Brito

Nos últimos três anos, foram criados 2.500 postos de trabalho no concelho de Paços de Ferreira. No mesmo período, nasceram 561 novas empresas e foram investidos 50 milhões de euros, sendo registado um crescimento de 50 milhões de euros nas exportações que, em 2016, foram de 390 milhões de euros Isso permitiu que o município seja aquele que, na região Norte, conseguiu a maior redução da taxa de desemprego, mais de 40%.

Os dados foram apresentados esta manhã, pelo presidente da Câmara de Paços de Ferreira, em conferência de imprensa, durante aquela que designou como Semana do Investimento e do Emprego. Humberto Brito apresentou ainda aos jornalistas um investimento da multinacional francesa Prugent Diam Portugal que vai criar no concelho 60 postos de trabalho.

“Temos confirmado o crescimento da economia local e do sentimento de confiança dos nossos empresários”, referiu o autarca. “Estes são números que nos deixam satisfeitos. Paços de Ferreira está no caminho certo”, acrescentou Humberto Brito, elogiando a dinâmica das mais de 5.000 empresas existentes no concelho, numa área de apenas cinco quilómetros quadrados. “Somos uma das regiões do país com maior concentração de empresas”, sustentou.

 

Há falta de mão-de-obra nos sectores do têxtil e mobiliário

Durante a conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Paços de Ferreira afirmou que os sectores que mais têm crescido são o do mobiliário e do têxtil.

“Começamos a ter um problema que é o da falta de pessoas para trabalhar”, lamentou o presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira. Rui Carneiro deu como exemplo uma formação a decorrer, com 20 costureiras, quando há 30 vagas a preencher.

“Esta falta de mão-de-obra é sentida sobretudo no mobiliário e no têxtil”, acrescentou.

Isso tem levado empresas a estar disponíveis para contratar pessoas acima dos 50 anos, referiu Humberto Brito, pelo seu know-how, o que “é positivo”.

Rui Carneiro, AEPFSegundo Rui Carneiro, as exportações têm ajudado muitas empresas, face às dificuldades encontradas no comércio interno. “Temos exposições a mais abertas para o mercado que existe neste momento”, reconheceu o presidente da AEPF.