Em 2019, as autarquias portuguesas tiveram menor receita proveniente do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). A descida foi de 1,4%, totalizando a receita um global de 1.489 milhões de euros (menos quase 21 milhões de euros que no ano anterior).
Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, da Ordem dos Contabilistas Certificados, recentemente divulgado, o número de câmaras que teve diminuição de IMI aumentou extraordinariamente (+230,4%), tendo 185 municípios apresentado decréscimo do valor desta colecta.
Um deles foi Paredes, que está entre as 52 câmaras que decidiram baixar a taxa de IMI a aplicar nas cobranças de 2019, tendo apresentado consequente diminuição do valor total cobrado.
O município paredense diminuiu a taxa de IMI de 0,4% para 0,375%. Angariou assim menos 334 mil euros de IMI (menos 4,2%). A receita global cobrada pela autarquia foi de cerca de 7,6 milhões de euros em 2019.
A par disso, o documento mostra que entre os 35 municípios que apresentaram maior aumento da colecta de IMI em 2019 estão Paços de Ferreira e Penafiel.
A Câmara de Paços de Ferreira angariou mais de 4,8 milhões de euros, tendo um acréscimo de receita proveniente deste imposto de pouco mais de 143 mil euros. Já a de Penafiel cobrou mais de 5,6 milhões de euros de IMI, mais de 63 mil euros em relação ao ano anterior.
Ainda no que toca a impostos, a Câmara de Valongo surge no ranking dos 35 municípios com maior receita de Derrama cobrada em 2019. O valor angariado tinha sido de 1,4 milhões de euros em 2017, passou a 975 mil euros em 2018 e ficou em aproximadamente 2,1 milhões de euros em 2019.
Valongo está ainda entre as 35 autarquias com maior colecta de IUC – Imposto Único de Circulação. O município valonguense passou de cerca de 2,1 para cerca de 2,2 milhões de euros cobrados. Nessa lista está também Paredes que subiu o valor angariado de cerca de dois milhões de euros em 2018 para aproximadamente 2,1 milhões de euros em 2019.
