Começou este mês a ser distribuído, juntamente com uma revista municipal, um inquérito à população designado “Paredes 20>>30 / Paredes dá-lhe ouvidos”.
Trata-se de um processo participativo que visa definir a agenda do concelho para os próximos anos.
Através do formulário, que pode ser enviado à Câmara de Paredes de forma gratuita via CTT ou respondido online no site do município, os habitantes podem dizer se estão satisfeitos com o concelho, o que mais gostam e menos gostam e como o comparam com os municípios vizinhos. Podem ainda assinalar em que áreas das muitas elencadas querem ver mais investimento no futuro, dar sugestão de três projectos que querem ver concretizados nos próximos anos e caracterizar como é que gostariam que Paredes fosse conhecido no futuro.
“Esta auscultação pública vai enriquecer as ideias que já temos para os próximos anos e vai ajudar a definir os investimentos a candidatar a fundos comunitários no próximo quadro de apoio”, adianta o presidente da Câmara, Alexandre Almeida.
“As ideias serão avaliadas e tomadas em linha de conta na realização dos Orçamentos Municipais dos próximos anos”
Segundo o autarca, numa altura em que está a terminar o Quadro Comunitário de Apoio 2016/2021 e está a ser preparado o próximo Quadro Comunitário de Apoio e haverá financiamento do Plano de Revitalização e Resiliência nos próximos anos, a Câmara entendeu que a população devia ser ouvida. “O executivo municipal tem uma ideia muito bem formada de alguns investimentos prioritários que terão de ser realizados no concelho de Paredes nos próximos anos, como é exemplo a expansão da rede de água e saneamento, a construção de mais habitações sociais, o alargamento das zonas industriais e criação de novas, a criação de novos parques urbanos, etc., mas entendemos que esta era uma excelente oportunidade para envolver os munícipes, empresas ou associações a darem-nos ideias dos investimentos que querem no futuro em Paredes”, descreve o edil paredense.
Para participar, basta responder ao inquérito, anónimo, e fazê-lo chegar ao município. “Os meses de Abril e Maio serão para receber os contributos que depois serão tratados em Junho. A partir desse mês estaremos em condições de divulgar os resultados”, afirma Alexandre Almeida.
As sugestões poderão passar por obras e projectos materiais e imateriais e eventos a realizar em qualquer freguesia. “As ideias serão avaliadas e tomadas em linha de conta na realização dos Orçamentos Municipais dos próximos anos”, garante o presidente da Câmara, não havendo qualquer valor definido para a execução, como acontece no caso dos orçamentos participativos.
O autarca, que já assumiu uma recandidatura a novo mandato, defende que é preciso envolver as pessoas. “Por vezes, valorizamos alguns investimentos e as pessoas de determinada freguesia podem não ter a mesma percepção. Foi já com este intuito de ir mais ao encontro das reais necessidades das populações que em 2019 fizemos as Presidências Participativas, para ouvir os paredenses”, recorda, acreditando que este processo de auscultação da população terá boa adesão.