Esta semana, o Primeiro-Ministro esteve em Lousada para assinalar a conclusão da electrificação da linha de comboios entre Caíde de Rei e Marco de Canaveses. A empreitada integra o projecto de modernização da Linha do Douro, sendo o passo seguinte a electrificação até à estação de Régua. Há muitos anos que a obra era reivindicada pela população, principalmente pelas pessoas que se deslocam diariamente do Marco de Canaveses ao Porto, uma vez que passam a ter mais comboios nos dois sentidos e deixam de ser obrigadas a fazer transbordo em Caíde.
Se a modernização da linha é benéfica para a região, por outro lado, se não houver um reforço do número de comboios, tudo isto transformar-se-á num problema.
Quem viaja com regularidade nos comboios da Linha do Douro sabe que, de manhã, em direcção ao Porto, e ao final da tarde, no sentido contrário, os comboios andam quase sempre lotados. Com um percurso que passa a ser maior e feito pelo mesmo número de composições acontecem duas coisas: o tempo de espera entre comboios passa a ser maior e o número de passageiros aumenta significativamente. Se a isto somarmos a redução do preço dos passes – que, embora seja uma medida positiva, não foi acompanhada com um aumento do número de comboios – poderemos transformar todas estas melhorias numa oportunidade perdida.
Por isso, parece-me importante que exista um reforço no número de comboios a circular na Linha do Douro. Só assim se tirará partido da modernização da linha.