O Ministro dos Negócios Estrangeiros inaugurou, no sábado, o Museu A LORD, em Lordelo. Augusto Santos Silva, que já tinha inaugurado, como governante, outras valências da Cooperativa de Electrificação A LORD, como a Biblioteca e o Auditório, considerou o trabalho desta instituição lordelense como “um bom exemplo” a nível local e também nacional. “Hoje é dia de agradecimento por tudo o que têm feito por Lordelo, pelo concelho e pelo país”, salientou.
Já o presidente da A LORD, Francisco Leal, referiu que este investimento, que rondou os 500 mil euros, vem ajudar a “atenuar algum défice cultural” da localidade. “Pretendemos democratizar a cultura e pôr o conhecimento ao serviço de todos”, afirmou.
No Museu A LORD, que vive da interactividade, a Cooperativa cruza a sua história com o mundo da electricidade em Portugal e está presente a parte cultural da Fundação A LORD com a parte comercial da cooperativa. O espaço destina-se a todas as faixas etárias.
“O Museu A LORD vem complementar a oferta cultural e representa uma simbiose perfeita entre passado e presente”
Augusto Santos Silva foi recebido pelos Bombeiros Voluntários de Lordelo ainda antes de descerrar a placa que oficializou a inauguração do Museu A LORD. Seguiu-se uma visita ao espaço que deu a conhecer ao ministro as valências existentes.
Perante dezenas de convidados, Francisco Leal lembrou a fundação da Cooperativa, a 10 de Maio de 1933, um projecto “ambicioso” só conseguido “pela vontade férrea e inabalável de um grupo de lordelenses”. A instituição foi ultrapassando vários obstáculos e tornou-se num “motor de desenvolvimento de Lordelo”, frisou o presidente da Cooperativa. Ao longo dos anos, foram vários os sinais de intervenção da A LORD na vila e depois cidade de Lordelo, agora materializados sobretudo pela Fundação, entretanto criada, que aplica os excedentes da Cooperativa. Desde essa altura nasceram várias valências e projectos culturais, sociais e educacionais. “O Museu A LORD vem complementar a oferta cultural e representa uma simbiose perfeita entre passado e presente”, afirmou Francisco Leal. “É mais um investimento da A LORD em Lordelo, no concelho e nas suas gentes”, acrescentou.
Presente na inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Paredes disse-se orgulhoso deste novo equipamento cultural. “Este equipamento é entregue à população de uma forma multidisciplinar e vai muito para além de um depósito da história da instituição. É uma mais-valia que vem valorizar a oferta cultural e a caracterização etnográfica do concelho. É um daqueles investimentos que acrescenta valor ao território”, salientou Celso Ferreira.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros começou por salientar a importância do sector energético em Portugal, justificando a sua presença na iniciativa. “Na área da Energia, em que a Cooperativa se insere, Portugal vale muito. Somos o sétimo país com maior capacidade em termos de energia eólica e dos melhores países do mundo na produção de energia a partir de fontes renováveis”, destacou Augusto Santos Silva. Além disso, o governante falou ainda do importante papel que a instituição assume em termos de economia social. “A Fundação distribui por todos, sob a forma de equipamentos sociais e culturais, o que resulta da actividade da Cooperativa. Hoje é dia de agradecimento por tudo o que têm feito por Lordelo, pelo concelho e pelo país. São um bom exemplo a nível local e nacional”, afirmou.
Apesar de não ser do seu ministério, Santos Silva não deixou de se mostrar atento aos problemas da freguesia e deixou a mensagem: “O Ministério do Ambiente está a trabalhar, juntamente com as autoridades locais, para resolver o problema da poluição do Rio Ferreira que resulta do deficiente funcionamento da ETAR do concelho vizinho”.