O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, presidiu, no último sábado, nas instalações da Lipor, em Baguim do Monte, à inauguração do Parque Fotovoltaico de Produção de electricidade para Auto-consumo, numa iniciativa da Lipor, a Hidurbe Serviços e a Endesa.
Segundo a Lipor, este é a segunda Unidade Fotovoltaica de Produção para Auto-consumo (UPAC) na Central de Valorização Orgânica da LIPOR, estrutura que implicou a instalação de 2.200 painéis de elevada performance, ocupando uma área de cerca de 5.400 m2 e com uma potência instalada de 748 kWp.
O valor global do investimento é de cerca de 1,5 milhões de euros totalmente assumido pelos promotores e tem como objectivo contribuir para a neutralidade carbónica do nosso país.
De acordo com a empresa que faz a gestão de resíduos do Grande Porto, responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos oito municípios que a integram, a instalação do parque fotovoltaico permitirá a produção anual estimada cerca de 1,1 GWh de electricidade, destinando-se a mesma, prioritariamente, ao auto-consumo da central. Esta produção de electricidade, renovável, corresponde ao consumo anual de cerca de 275 famílias e estima-se que sejam evitadas aproximadamente 518 toneladas de CO2 equivalente por ano.
Ao mesmo tempo, está previsto um excedente de cerca de 40 000 kWh que serão injectados na Rede Eléctrica Nacional como energia limpa e renovável.
Com a criação desta Unidade Fotovoltaica de Produção para auto-consumo, a Endesa, a Hidurbe Serviços e a Lipor uniram esforços em prol de um futuro comum, onde a energia é mais limpa, mais eficiente e mais sustentável.
Na cerimónia foi, também, apresentada a estratégia de Carbono da Lipor e as metas alcançadas nesse domínio.
Em nota de imprensa, a Lipor declarou que a empresa conseguiu reduzir, em 2019, 20% das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) face a 2006.
“A Lipor entende que o compromisso de desenvolvimento sustentável deverá integrar as questões das alterações climáticas na sua estratégia de negócio, pelo que assume as suas responsabilidades enquanto agente produtor e gestor de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e enquanto agente indutor de conhecimento, acção e mobilização dos cidadãos e da sociedade”, lê-se no comunicado que salienta que a adopção da estratégia Lipor 3M –menos resíduos, menos carbono, mais clima representa o compromisso de acção, visando contribuir, em simultâneo, para o cumprimento dos objectivos de política climática aos níveis da União Europeia, de Portugal e da região do Porto.
“A actual estratégia 3M está hoje consolidada, tendo sido alcançadas as metas preconizadas de reduzir no ano 2020, 20% das emissões de GEE (cerca de 80.000 toneladas de CO2e), face ao ano base do inventário de 2006”, frisou a Lipor que assumiu que preparou já um quadro de evolução para 2021-2030 que assentará em quatro desígnios: menos resíduos, apostando na gestão eficiente dos Recursos, privilegiando um modelo circular de Negócios e menos carbono, potenciando o binómio Carbono – Energia, convergindo para a descarbonização e a transição energética
O quadro de evolução para 2021-2030 prevê, também, a adaptação às alterações climáticas, mais biodiversidade, incrementando a promoção da biodiversidade no nosso contexto de actividade
Estes quatro desígnios compõem a nova estratégia para 2021-2030, denominada de estratégia Lipor 4M –menos resíduos, menos carbono, mais clima, mais biodiversidade que pretende alcançar a redução de 30% das emissões de GEE no ano 2030.