O Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, preside, na segunda-feira, à cerimónia de lançamento da primeira pedra da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Campo, em Valongo. A obra envolve um investimento de mais de cinco milhões de euros e vai permitir a duplicação da capacidade de tratamento do equipamento, na bacia do Rio Ferreira, avança a Águas de Valongo.
Segundo a mesma fonte, a actual ETAR está a funcionar desde 1999, servindo a população das freguesias de Valongo, Campo e Sobrado, do concelho de Valongo, e as freguesias de Gandra, Rebordosa, Lordelo, Duas Igrejas, Astromil e Vilela, do concelho de Paredes.
“A evolução dos caudais afluentes à ETAR, devido ao aumento da taxa de cobertura da população servida, foi superior à prevista. No ano de 2004, atingiram-se os caudais e cargas estimados para o ano de horizonte do projecto de 2016, o que conduziu a uma situação de sobrecarga desta instalação”, explica a empresa que assegura a gestão e exploração dos Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Público e de Recolha, Tratamento e Rejeição de Efluentes do Concelho de Valongo.
A Águas de Valongo apresentou em 2015 uma candidatura para “Ampliação e Remodelação da ETAR de Campo-Valongo” no âmbito do POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
A obra vai receber uma contribuição de quase 3,3 milhões de euros de fundos comunitários e implica “a construção da terceira linha de tratamento e ajustamentos em alguns órgãos de tratamento, nomeadamente uma etapa adicional no processo de tratamento da fase sólida, que inclui a construção de um digestor anaeróbio mesófilico com aproveitamento do biogás para aquecimento”.
Isso vai permitir aumentar a capacidade de tratamento da ETAR de 51.317 habitantes para 98.278 habitantes.