Há dois candidatos da região na corrida à liderança da comissão política distrital do Porto do PSD. Alberto Santos, ex-presidente da Câmara Municipal de Penafiel e actual presidente da Assembleia Municipal, e Miguel Santos, deputado à Assembleia da República e actual vice-presidente da distrital do PSD/Porto, assumiram, esta segunda-feira, as suas candidaturas à liderança da estrutura.
Juntam-se ao professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto Rui Nunes, também candidato à presidência do PSD Porto.
Recorde-se que Bragança Fernandes, actual presidente da comissão política, já anunciou que não se recandidata. As eleições no PSD Porto devem decorrer entre 30 de Junho e 7 de Julho.
“Conheço profundamente o distrito e o PSD do distrito”, diz Miguel Santos
“A minha candidatura é natural e decorre do meu percurso e da experiência política que tenho acumulada”, justifica Miguel Santos ao Verdadeiro Olhar. “Conheço profundamente o distrito e o PSD do distrito”, sustenta o actual vice-presidente do PSD Porto.
Os seus objectivos passam por introduzir na distrital mecanismos de diferenciação, chamar mais gente ao partido e abri-lo à sociedade. “É preciso uma mudança evolutiva e uma revalorização do partido, novas formas de comunicar para dentro e para o exterior”, afirma o candidato, dizendo que não é, no entanto, apologista de rupturas.
Apesar de ter sido coordenador político da campanha de Pedro Santana Lopes à liderança do PSD nacional, Miguel Santos diz que o seu objectivo é que a distrital do PSD Porto dê um importante contributo para que Rui Rio consiga a vitória nas próximas legislativas. “É preciso acabar com esta frente de esquerda artificial e dar um contributo para o todo nacional para que haja uma mudança no país”, argumenta.
Por outro lado, adianta que quer, a nível autárquico, “com tempo e de forma estruturada”, escolher os melhores projectos e os mais credíveis para apresentar em cada município do distrito.
Sob a existência de várias candidaturas à liderança da estrutura distrital, Miguel Santos encara a questão com naturalidade e não como um sinal de divisão. “É sinal de vivacidade no partido. Ter três candidatos é uma oportunidade de debater questões essenciais e vou fazer um esforço para que haja sessões de esclarecimento e debate”, conclui.
Miguel Santos tem 47 anos e é advogado.
Alberto Santos quer rejuvenescer o partido
Alberto Santos, ex-presidente da Câmara Municipal de Penafiel que preside ao Conselho de Jurisdição Distrital do PSD Porto, avançou que o objectivo da sua candidatura passa por rejuvenescer o partido, tanto em protagonistas como em políticas, colocando-o mais próximo da sociedade civil.
“O partido deve fazer uma reflexão e escolher um projecto que possa dinamizar o PSD que o faça atingir ambições na representação autárquica e também querer políticas mais modernas”, adianta o candidato.
A ideia é trazer ao partido renovação, “um refrescamento” da comissão política, indo ao encontro das necessidades da população. “É preciso ter um pé no partido e outro na sociedade civil”, disse, afirmando que quer uma distrital “impactante e actuante”.
Apoiante de Rui Rio nas eleições internas do partido, Alberto Santos, também advogado e autor reconhecido, diz que a meta será preparar o partido para vencer as autárquicas, ganhando câmaras no distrito, entre elas o Porto, traçando caminhos em cada concelho. Mas, a curto-prazo, o objectivo é “ajudar a nova liderança a conseguir ganhar as legislativas, trazendo uma alternativa credível ao país”.
O facto de existirem várias candidaturas vai permitir um amplo debate, acredita Alberto Santos.
* Notícia actualizada no dia 16 de Maio, às 17h00, com declarações de Alberto Santos.