Miguel Santos foi eleito deputado pelo PSD, pelo círculo do Porto, e anunciou, ao Verdadeiro Olhar, que vai continuar no executivo da Câmara Municipal de Valongo.
“São duas funções complementares”, explicou o social-democrata que pretende ser uma “voz activa” dos valonguenses em Lisboa. Aliás foi essa a motivação que o levou a aceitar o desafio de fazer parte das listas do PSD, nestas eleições legislativas.
Assim, garante que vai continuar a “trabalhar no terreno” e privilegiar o contacto directo “com as pessoas e instituições” de Valongo, porque mantém a “vontade” de continuar a fazer “mais e melhor” pelo seu município.
Miguel Santos lamenta ainda o facto de, nos últimos “dois anos”, Valongo não ter tido “uma voz activa na Assembleia da República”, algo que vai mudar agora com a sua eleição, assegurando que se vai bater por dossiers locais como sejam “o aterro de Sobrado ou a poluição do rio”.
Este é o quarto mandato de Miguel Santos na Assembleia da República, sendo que esteve de 2005 a 2009, no Governo de José Sócrates, de 2011 a 2015, com Pedro Passos Coelho, e de 2015 a 2019, com António Costa. Porque conhece muito bem o trabalho no Palácio de São Bento e devido aos resultados deste domingo, o social-democrata alerta que neste mandato de maioria absoluta do PS, “as oposições têm que estar muito atentas” e têm que ter um “trabalho acrescido”.
Sobre a vitória do PS, trata de dizer que “foi uma grande surpresa para toda a gente, inclusive para os vencedores”. O facto de “o eleitorado de esquerda, nomeadamente o BE e a CDU, terem concentrado os votos no PS”, os dois novos partidos, estarem “no seu momento alto” e a possibilidade de que o PSD ganhasse as eleições, levaram a este resultado. Ainda assim, Miguel Santos esperava e espera que este Governo agora eleito, apesar de ter maioria absoluta, não exerça “um poder absoluto”.